Alguns Poemas

República Celeste da Poesia

Aquática e translúcida Veneza,
arquétipo insulano, passional,
do Adriático a núbil Dogaresa,
lunissolar pintura do irreal,

em ti me construindo astral poema
de celestial cidade em tua finura,
por ele te habitar, Amor me emblema
com centelhas de íntima ternura,

põe em Veneza e em mim a geometria
de uns altos picos, recendendo a lume,
loura noite que náutica alumia,

por águas de salinas violetas
fosforece dos sonhos o cardume,
fixa a cidade, giram-me os planetas.

- III -

Água e eu, este dom, dádiva inteira
como Veneza, tu, Domus antiga,
se rodeamos, sonho, a cumeeira
silvestre nos perfuma a lua cheia.

O luar de Vivaldi, mensageiro,
atravessando o céu em suas estrelas
e o seu caminho é o mesmo que o de Amor,
angelical paixão é a lua cheia.

O luar de Vivaldi e cancioneiros
damore é demorado o seu perfume,
silvestre é o deslizar dos gondoleiros,

silvestre a doação, que faço inteira,
como Laguna e Golfo e doce lume,
à angelical paixão da lua cheia.

- VI -

Em arquipélago, amoráveis ilhas,
raia Veneza em água, alacridade,
cortam seus pulsos, lendas, maravilhas
de um latejar de sol e mocidade.

De palavras celeste viração
agita lentamente os seus canais,
e tudo flui em ondas e canção,
perpassa em flauta o vento seus murais.

Enquanto um celestial texto eu vou lendo,
reflexos nágua e lírica poesia,
já vai Amor em brasa me escrevendo

e mais já fere Amor em seus enganos,
com sua perfídia, fogo e maresia,
do que a gentil cidade em desenganos.

Enunciação Encantatória

Flor-da-cachoeira, flor-dágua, flor-da-esperança
flor-da-imperatriz, flor-da-noite, flor-da-paixão
flor-da-páscoa, flor-da-quaresma, flor-da-redenção
flor-das-almas, flor-das-pedras, flor-da-verdade
flor-de-abril, flor-de-amor, flor-de-amores
flor-de-babado, flor-de-babeiro, flor-de-baile
flor-de-baunilha, flor-de-besouro, flor-de-caboclo
flor-de-cal, flor-de-cardeal, flor-de-carnaval
flor-de-cera, flor-de-chagas, flor-de-cobra
flor-de-couro, flor-de-contas, flor-de-coral
flor-de-duas-esporas, flor-de-gelo
flor-de-índio, flor-de-jesus
flor-de-lã, flor-de-lis, flor-de-madeira
flor-de-maio, flor-de-mico, flor-de-natal.

- IV -

Flor-de-maio, flor-de-padre, flor-de-papagaio
flor-de-passarinho, flor-de-pau, flor-de-pérolas
flor-de-sangue, flor-de-são-joão, flor-de-são-miguel
flor-de-sapo, flor-de-seda, flor-de-sola
flor-de-trombeta, flor-de-vaca, flor-de-viúva
flor-do-campo, flor-do-céu, flor-do-espírito-santo
flor-do-imperador, flor-do-monturo, flor-do-natal
flor-do-norte, flor-dos-amores, flor-dos-formigueiros
flor-santa, flor-seráfica, flor-tigre, flor
flor, flor, flor, flor, flor, flor, flor, flor
flor, flor, flor, flor, flor, flor, flor, flor
flor, flor, flor, flor, flor, flor, flor, flor, flor
flor, flor, flor, flor, flor, flor, flor, flor
flor, flor, flor, flor, flor, flor, flores, flores.

- V -

Beija-flor de vôo muito veloz e que
se alimenta de néctar das flores
e de insetos minúsculos, colibri,
chupa-flor, pica-flor, chupa-mel,
cuitelo, guanambi, guinumbi, guainumbi,
beija-flor-dágua, bico-de-agulha,
beija-flor-da-mata, ariramba-da-mata-virgem,
beija-flor-do-mato, do S.O. do Brasil,
de dorso verde-dourado, penas marginadas
de amarelo, estria pardo-avermelhada acima
e por trás dos olhos, prolongando-se no pescoço,
mancha preta atrás dos olhos e o meio da garganta
e o abdome negros e orlados de branco
beija-flor-grande, bico-de-agulha, beija-flor-pardo.

- VI -

Beija-flor vermelho do N. e L. da América do Sul
de cabeça, cauda e coberteiras inferiores da cauda
vermelhos, com brilho vivo, dorso verde-escuro,
garganta cor de cobre com tons dourados
e abdome escuro. A fêmea tem colorido
menos acentuado. Beija-flor-grande, beija-
flor-pardo, beija-flor, beija-flor, beija-flor
rhanphodon naevius, crysolampis elatus, beija-flor
por ser primavera e por seres pássaro e flor
eu te nomeio também embaixador e te prefiro
em meu ombro em meu dorso em meu canto,
mais do que todas as palavras escolhidas
o teu mel derramado sobre este livro
faça-o dourado e doce e livre e voador.

- VII -

Coleira-de-sapé, coleira-do-brejo, dorso, retrizes
e coberteiras da cauda pardo-amareladas, cabeça, nuca
rêmiges e cauda negras, garganta branca com colar negro
separando-a do peito e fronte com duas manchinhas brancas
coleirinha do sul do País até
a margem direita do baixo Amazonas
coloração cinza, fronte e parte anterior
do vértice enegrecidos, orelhas pretas
faces brancas, garganta branca com
uma faixa preta no meio, abdome branco
com uma fita preta atravessando
o peito e flancos cinzentos, coleira
virada, coleiro-da-baía, coleiro-da-serra,
coleiro-do-sapé, coleiro-do-brejo, coleiro-pardinho.
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II WORKSHOP DE ESTUDOS REMOTOS EM LÍNGUAS ESTRANGEIRAS - Conferência
Rosalba
perdonami se ti scrivo soltanto adesso ma dal 1984 io non ho avuto tempo per impegni sociali e ne avevo pochissimo anche per gli editori (Ila Palma). Comunque Sampajo e tu con la traduzione delle mie otto poesie mi avete incoraggiato molto; dopo quel libro ho pubblicato una raccolta intitolata ritmi e assonanze (sempre Ila-Palma)da cui ho tratto poi le liriche per altre raccolte come Proviamo a tradurre (in spagnolo), libro d'artista, Poesie multilingue edito da ALIPENNADAUTORE,Torino, scritto con la collaborazione di amici traduttori libro d'artista ed. Signorini con l'immagine di un'opera della pittrice Zamponi e infine un libro particolare che ti vorrei inviare se mi mandi il tuo indirizzo. Sulle prime due raccolte ho ricevuto tanti consensi e se ti riscrivo ti mando qualcosa. Ho letto un poco anche di te e spero che tu voglia ancora leggere altro di me. Qui è passata da poco la mezzanotte e devo andare a letto. Con amabili ricordi Rosalba Anzalone
28/novembro/2017

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