anjoeros133

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Sou uma pessoa feliz,
Amo muito a vida
E dela sou aprendiz;
Tenho várias paixões,
Mas, como qualquer um,
Possuo imperfeições;
Se os caminhos desta vida
Ainda não sei de cor,
Pelo menos busco,
A cada dia,
Tornar-me alguém melhor.

(Dennys Távora)

1986-11-07 Curitiba
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Alguns Poemas

Quando o coração se divide...


Hoje amanheci e olhei para a minha janela e, apesar de todo o frio que aqui em minha região colore os nossos dias, não me demorei a sair da cama e ir até ela. Abri as cortinas, o vidro levemente embaçado, passei então os dedos num pedaço dele e pude olhar a vida lá fora. Quando vi o vento que batia nas árvores e sacudiam as suas folhas, imaginei que apesar de me encontrar protegido aqui dentro do meu quarto, a vida lá fora segue impiedosa.

E nessa hora, me lembrei de um amor que se foi. O pior de tudo é que até agora eu não entendi porque ele se foi.
A vida tem certos conceitos pré-estabelecidos que não deixam para quem pensa diferente , a possibilidade de defender seus pontos de vista. Sequer pude defender com total falta de preconceito, como funcionou o meu modo de amar. E sei que para a maioria das pessoas , estar dividido entre dois amores não passa de uma atitude cafajeste. Porém, lendo vários artigos psicológicos descobri que isso é mais comum do que se pode imaginar. O que muitas vezes acontece é as pessoas não admitirem e nem revelarem que tal fato está acontecendo consigo. Num relacionamento em que se pode ser verdadeiramente quem se é, não fica difícil admitir quando isso acontece. E, dependendo do contrato existente neste relacionamento, as coisas podem ser resolvidas de maneira menos conflitante. Porém, a grande maioria dos relacionamentos não estabelecem tais contratos.

E, passo a acreditar que isso precisa ocorrer de uma maneira mais frequente. E , como seriam estes contratos? Falar sobre tudo que possa a vir acontecer numa relação e como se pensará em resolvê-los. Acima de tudo, conversar de forma clara, que numa relação existem altos e baixos, que os problemas podem surgir independente de se amar.
Você aceitaria que o seu amor pudesse estar dividido entre dois amores? Como reagiria a essa revelação dele ou dela? Entenderia ou apenas acusaria? E nunca diga nunca. Minha nona já dizia: perca essa mania de falar dessa água não beberei. Essa mania de não aceitação e falar que jamais passaria por isso é o que impede de se resolverem as situações.

E você ? Se passasse por essa situação de se dividir entre dois amores, como reagiria? Como faria para resolver este dilema conflitante?
Este momento proponho esta reflexão porque acho salutar que se pense em coisas que se acredita que nunca se passará. Porque a vida é surpreendente e nos coloca em lugares e situações em que muitas vezes não desejamos estar. Penso eu que em primeiro lugar não cabe apenas se posicionar na posição de julgar. O que se deve fazer é compreender e avaliar que numa situação assim, ninguém deve levar toda a culpa, mas que cada um dos envolvidos possa admitir qual a sua parcela de participação para o desencadeamento de tal situação. Acredito sempre num diálogo constante que não acusa, mas sim busca abrir caminho para a solução da situação.
Pense nisso...

(Anjo Eros)

Código do texto: T6153306

Quero te pegar para mim - Capítulo 3

Capítulo 3: Eu te quero pra mim e não vou abrir mão...

Toco a campainha. O coração a mil. Isadora me abre a porta ,me cumprimenta e ao me dar espaço para adentrar ao apartamento, meus olhos percorrem o apartamento procurando por ele. E, finalmente o vejo. Mas, o que vejo não gosto. Ele está conversando com duas colegas de escritório da minha amiga Isadora. Que raiva! Isso é que dá gostar de um homem que chama a atenção até quando está feio.
-Já vi que o achou.
-Sim, mas não gostei de ver essas suas amigas já de lero-lero com ele.
-Pare de reclamar, venha. Vamos lá.
Nos encaminhamos em direção a ele.
-Olha só quem chegou!
Ele volta o olhar em direção à minha amiga e quando me vê, coloca o seu olhar sobre o meu e ficamos os dois paralisados a nos olhar.
Ele se levanta finalmente , nos cumprimentamos e minha amiga trata de levar as suas amigas para longe dali para ajudá-la a arrumar a mesa dos aperitivos e bebidas.
-Quanto tempo. Como você está? Venha sentar.
Me aponta o lugar no sofá e eu sento ao seu lado.
-Pois é, nunca mais nos vimos. Você saiu daqui e nem nos despedimos direito. Como você está?
Ele sorrindo, daquela forma mais linda que conheço. Os seus lábios tão convidativos para um beijo. Sonho acordada, mas preciso escutá-lo responder.
-Estou bem. Eu terminei meu romance com a Tati e achei que não tinha mais nada a fazer naquela cidade. Meu referencial é aqui. Voltei nem faz um mês. Reabri o escritório e estou me divulgando novamente.
Respondo como se nem estivéssemos ali, mas sim, estivéssemos numa nuvem bem distante.
-Que bom, com certeza logo estará tão movimentado como antes.
-Assim espero. E você?
-Tudo como sempre, no mesmo emprego, morando no mesmo lugar.
-Namorando? Ou quem sabe casou.
-Não, nem namorando e nem casada.
Estava mais é com vontade de responder que estou à disposição dele e que nenhum outro homem pôde substituí-lo.
-Poderíamos sair um dia desses.Estou igual a você.
Nesse momento, lembrei-me da minha autora de livros favorita e o que ela me falaria naquele instante. Lembrando disso, deixo toda a formalidade e penso: "Já te perdi uma vez! Não vou deixar mais acontecer. Nem que seja só um beijo, só uma noite de sexo e muito amor, somente uma noite de prazer.
Coloco a minha mão sobre a perna dele e falo com toda a verdade que possuo:
-Quero sim sair com você, mas não em qualquer noite. Quero sair com você hoje, agora.
Ele arregala os olhos pois nunca me viu ser assim tão direta e decidida. Em seguida, coloca no rosto aquele sorriso safado e doce que só ele sabe fazer. Isso me esquenta. Colocando a sua mão sobre a minha, ele me responde.
-Pois que seja feita a tua vontade.
Levantamos e nos dirigimos para a saída, procurando fazer com que ninguém nos perceba e saímos. Ao estarmos fora do apartamento de Isadora, ele me agarra pela cintura e diz:
-Esperei tanto tempo para que você fosse assim: decidida, sem medo.
E me beija. Um beijo como só um homem pode nos beijar. Colando os lábios nos meus, me fazendo abrir a boca e procurando a minha língua para brincar com ela, mordiscando meus lábios e me esfregando as costas e os quadris enquanto brinca com a minha boca. Ah, como eu quero ele. Como eu quero ser dele. Ele larga a minha boca sedenta, me toma pela mão e diz:
-Vamos!
Aceno com a cabeça que sim. Em direção ao elevador, ele pára e me pergunta:
-Você não vai mudar de ideia, vai?
Olho no fundo dos olhos dele e respondo:
-Não, nunca mais vou deixar você ir. Vou com você aonde quer que você vá.
Entramos no elevador e sem demora saímos dali. Sim, eu tenho a plena certeza de que nunca mais vou deixar ele ir embora.
Chegamos à garagem, entramos no carro dele e seguimos para fora dali, para fora dos anos que ficamos longe, rumando a um novo final. Feliz? Nunca se sabe, mas o importante é estarmos juntos. Numa relação tudo é improvável, possível e indeterminado, mas se a gente tem certeza de quem queremos, as coisas vão sendo vencidas.
O carro está rodando, nós falamos tanta coisa, sorrimos e quando percebemos, nem sabemos para onde estamos indo. Só sabemos que queremos estar juntos. Toco no braço dele e digo apontando para uma placa que vejo:
-Quero ir ali.
Ele olha para a placa e ela diz: MOTEL.
Me dá novamente aquele sorriso lindo, safado e doce.
-Se você quer, eu também quero.
Ele manobra o carro para entrar no motel. Entramos, ele cumpre os trâmites de sempre e pegando a chave, me pega pela mão e subimos para o quarto 13. Meu número da sorte. Paramos em frente à porta , ele gira a chave, mas abre a porta, pára,me pede licença, me põe no colo, agarro seu pescoço, ele me dá um beijinho leve e fala:
-Quero te amar muito, senhora Mendes.
Não me aguento de tanta emoção e choro. Ele entra , me coloca na cama, volta fechar a porta. Eu vou seguindo ele com o olhar. Voltando, se dirige à cama e tira a camisa. Vejo aquele peito másculo e cheio de vida. Ele se deita sobre mim e me beija com mais ardor do que antes. Já não escuto mais nada, a não ser a sua respiração. Já não me importam as horas, já não me importa se vai chover. Minha vida parou nos braços dele.
A partir de agora, sou apenas a senhora Mendes. Quero ser apenas uma nova mulher, diferente daquela que deixou ele ir embora. Sou agora o meu desejo e a vontade de ser dele. Isso ninguém vai me roubar nunca mais. Nunca mais mesmo.

(Anjo Eros)

Código do texto: T6141869

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