Guardo algo do qual não quero me separar
Ando de cabeça baixa para não chamar atenção
Meus punhos sempre serrados
Meus dentes apertados contra os lábios
E meus pensamentos que vão velozes em uma única direção
Meus olhos que se enchem de lagrimas
O desespero que se agarra ao meu calcanhar como cordas presas a uma bola de concreto
Arrastando-me para o fundo de algo escuro e sombrio que se desperta em mim
As vezes não sei quando começar ou quando devo parar
Mais sou e me sinto como um animal selvagem ao sentir pela primeira vez o gosto de sangue
Desespero, euforia, medo de que tudo acabe muito rápido e eu não possa saborear
Não sei se estou certo mais sei que devo seguir em frente
Não que se trate de olhar para traz ser algo de gente covarde
Mais é que hoje e amanhã eu me visto de pele coberta de pelos
Meus sentidos estão tão sensível que sou capas de sentir a pulsação do meu próprio coração
Hoje, agora e ainda agora o que fibrila em minhas veias é um sentimento
O sentimento do qual eu ouvia falar e as vezes até mesmo ser manifestado
Mais sempre duvide de existir em mim, agora é meu monstro minha besta sagrada
Algo que me provoca dor, mais eu amo em manifestar
Amo a forma que ele surgi em mim rasgando-me de dentro para fora
Dilacerando minha carne abocanhando violentamente minha razão
Mastigando meus princípios engolindo alucinadamente minha carne
Sinto-me em êxtase, transportado para fora de mim
E em meu sangue o ódio a fibrilar cozinhado toda a gordura de covardia da minha carne
Seu aroma, seu cheiro me embriaga, me alucina faz me convulsionar
Bem vindo a minha campainha criança
Doce criança, saborosa criança minha refeição desta noite
Vai ser minha oferenda, uma prenda a minha desgraça
Uma recompensa a minha bestial voracidade pelos seus pecados cometidos a mim
Olhe em meus olhos, aos meus olhos e veja o que você nunca pode ver
O monstro que você criou e abandou ao nascer, cresceu e a casa retornou
Trouxe fome, revolta, ódio e um lido buque de luxúria
Encobrindo uma boca rasgada cheia de dentes pontudos
Uma garganta profunda como um abismo que de dentro emana o aroma do ódio
O cheiro do desespero o perfume da morte
Em meu olhos o seu reflexo e todo o seu pavor se refletem
E eu gosto do que vejo, amo ver você e sentir seu medo, seu desespero me alucina
Meus sentidos convulsionam de prazer
Ei minha adorável criança esta noite é só nossa e você será minha adorável preza
Vou te caçar, te atormentar, brincar com você como se fosse meu bichinho
E por fim vou te abater impetuosamente não a matarei
Mas juntos teremos o intimo prazer de eu a devorar viva pedaço por pedaço
E você de ser devorada viva pedaço por pedaço
E todos os nossos pecados desapareceram acabaram em minha fúria
A minha besta voltara a dormir e estaremos todos perdoados
Seus pecados aos meus pecados ao pó retornaram e eu sentirem paz em minha vingança