Alguns Poemas

Estranho

É estranho mais tenho que me dizer, nada vai mudar

Eu que na verdade sou você, tentando me entender

Não posso olhar através da porta

Por um instante a única coisa que me une a você é um breve silêncio

Eu gostaria de baixar o volume de todas as vozes do mundo

E por um pequeno momento que todas as pessoas desaparecessem

Trágico é não dizer que não penso no que se estende através do eterno

Estou tão seduzido pelo vazio, que as vezes a única coisa que me conforta

É o silencio que existe em não existir

Meus olhos encobertos por lagrimas e um pensamento do qual não consigo me separar

Então mais uma vez me silêncio e sinto uma desesperada vontade de chorar

A dor é como uma lembrança

Uma lembrança somente para aqueles que ainda restam vivos

Eu me pergunto

Cortar os pulsos é um clichê ou apenas uma corda invisível que se estende como solução

Eu ando me perguntando e quero dizer que são as duas coisas

Andando a noite ou pela noite, quando não a ninguém nas ruas

Como um vulto que se esconde entre as sobras em constante desespero

Pergunto a mim mesmo quais as razões, quais os motivos

E por fim acabo me engasgando em minhas próprias lagrimas

Triste é não por um fim

Tornar-se um estranho em sua própria casa, desconfortável em sua própria cama

Não consigo dormir ou não quero dormir, pois tenho medo

Medo, meus medos, são muitos e na verdade únicos

Talvez eu me de uma chance e pare de ter medo

Mais isto não significa que vou deixar de estar triste

Ou que a tristeza vai deixar de estar em mim

Talvez até aconteça de nos divorciarmos mais sempre haverão lembranças

Tenho medo, pois talvez o desespero volte e abra a porta e entre sem pedir

E eu sei que não vou aguentar, as lagrimas serão amargas o silencio perpétuo

Eu gostaria de sentir algo, mesmo que este algo seja nojo de mim mesmo

A esperança é a ultima que morre mais já esta sepulta em mim

De braços estendidos, mãos abertas me esperando entregar

Pra ser sincero a mim mesmo não sei se sou capas de sentir algo

De sentir ódio de me encarar no espelho e que este o ódio, sufoque minha tristeza

Quando nem mesmo sou capaz de ficar de pé enfrente ao espelho

E tão pouco odiar algo que não seja a minha própria existência

Tento e me desespero em agarrar as minhas poucas lembranças

Fico revendo minhas conversas tentando me manter sóbrio

Procurando por nomes e por pessoas e seus rotos

Vozes que me tragam um pouco de paz algo que me segure por um momento

Algo que não me deixe ir

Talvez eu saia para dar uma ultima volta

E encontre uma arvore para descansar

Seque as minhas lagrimas

E deixe que aqueles que caminham pela luz do dia se perguntem pelo por que

Um dia após eu ter me entregado aos seus braços

Guardo Algo

Guardo algo do qual não quero me separar

Ando de cabeça baixa para não chamar atenção

Meus punhos sempre serrados

Meus dentes apertados contra os lábios

E meus pensamentos que vão velozes em uma única direção

Meus olhos que se enchem de lagrimas

O desespero que se agarra ao meu calcanhar como cordas presas a uma bola de concreto

Arrastando-me para o fundo de algo escuro e sombrio que se desperta em mim

As vezes não sei quando começar ou quando devo parar

Mais sou e me sinto como um animal selvagem ao sentir pela primeira vez o gosto de sangue

Desespero, euforia, medo de que tudo acabe muito rápido e eu não possa saborear

Não sei se estou certo mais sei que devo seguir em frente

Não que se trate de olhar para traz ser algo de gente covarde

Mais é que hoje e amanhã eu me visto de pele coberta de pelos

Meus sentidos estão tão sensível que sou capas de sentir a pulsação do meu próprio coração

Hoje, agora e ainda agora o que fibrila em minhas veias é um sentimento

O sentimento do qual eu ouvia falar e as vezes até mesmo ser manifestado

Mais sempre duvide de existir em mim, agora é meu monstro minha besta sagrada

Algo que me provoca dor, mais eu amo em manifestar

Amo a forma que ele surgi em mim rasgando-me de dentro para fora

Dilacerando minha carne abocanhando violentamente minha razão

Mastigando meus princípios engolindo alucinadamente minha carne

Sinto-me em êxtase, transportado para fora de mim

E em meu sangue o ódio a fibrilar cozinhado toda a gordura de covardia da minha carne

Seu aroma, seu cheiro me embriaga, me alucina faz me convulsionar

Bem vindo a minha campainha criança

Doce criança, saborosa criança minha refeição desta noite

Vai ser minha oferenda, uma prenda a minha desgraça

Uma recompensa a minha bestial voracidade pelos seus pecados cometidos a mim

Olhe em meus olhos, aos meus olhos e veja o que você nunca pode ver

O monstro que você criou e abandou ao nascer, cresceu e a casa retornou

Trouxe fome, revolta, ódio e um lido buque de luxúria

Encobrindo uma boca rasgada cheia de dentes pontudos

Uma garganta profunda como um abismo que de dentro emana o aroma do ódio

O cheiro do desespero o perfume da morte

Em meu olhos o seu reflexo e todo o seu pavor se refletem

E eu gosto do que vejo, amo ver você e sentir seu medo, seu desespero me alucina

Meus sentidos convulsionam de prazer

Ei minha adorável criança esta noite é só nossa e você será minha adorável preza

Vou te caçar, te atormentar, brincar com você como se fosse meu bichinho

E por fim vou te abater impetuosamente não a matarei

Mas juntos teremos o intimo prazer de eu a devorar viva pedaço por pedaço

E você de ser devorada viva pedaço por pedaço

E todos os nossos pecados desapareceram acabaram em minha fúria

A minha besta voltara a dormir e estaremos todos perdoados

Seus pecados aos meus pecados ao pó retornaram e eu sentirem paz em minha vingança

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