No recado da solidão desliza o tempo
Inseguro, sombrio, abandonado e obscuro
Nesta jornada da vida agora em quarentena
Subsiste a fé e a esperança sempre mais serena
No mausoléu dos silêncios um trágico breu
Percorre o antro da escuridão que fenece inexorável
Estatela-se num assolapado lamento sempre combalido
Deixa cicatrizes na alma e neste verso tão contundido
Frederico de Castro