Jonatan Carlos Reis

Jonatan Carlos Reis

Um indivíduo que tomou conhecimento do seu irreversível não pertencimento à sociedade. Um indivíduo que enxerga o mundo com outros filtros, diferente do das pessoas comuns

1984-05-13 São Paulo
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Arievilo, o Bartender

Vivia uma ótima fase com as mulheres. Estava em plena forma. Os treinos de boxe eram quase que diários. Meus trajes eram sempre os mesmos. Regata branca, camisa havaiana entreaberta, ou aberta por completo e calça.

No bar, fazia sucesso atrás do balcão, entre um drink e outro que eu servia, ganhava caricias nas mãos na hora de entregar a bebida, olhares sedutores também eram constantes.

Certo dia retribui a investida de uma garota que havia pedido para eu preparar uma caipirinha. Ela não tirava os olhos de mim enquanto preparava seu drink.

- Aqui está o seu drink, Simone, eu disse.

- Como sabe meu nome? Perguntou surpresa.

- Você tem cara de Simone, Simone é um nome lindo, assim como seu sorriso (Mentira! havia olhado o nome dela na comanda).

Simone, que mulher espetacular. Morena, tinha em torno de 1,75. Daria uma bela briga ela com seus 1,75 e eu com meus 1,87. Cabelos cacheados, longos, até a altura da cintura. Um par de peitos que ficava saltando do decote lateral usava uma camiseta branca cortada nas laterais, também usava uma calça preta de vinil. E que lábios, que boca. Fiquei excitado na hora, quando vi aquela boca carnuda no batom vermelho.

- O próximo drink, é por minha conta, qualquer um que escolher, disse.

- Só se você beber comigo, disse ela.

- Não costumo beber em serviço, mas vou abrir uma exceção. Venha buscar seu drink daqui 40 minutos, até lá vou desenrolando para dar uma escapada.

- Ok, ela disse. Vou para a pista, dançar um pouco.

Deu um sorriso, uma piscada e saiu, mexendo seus cabelos cacheados e rebolando aquele bundão que parecia estar me dizendo, até daqui a pouco.

Foram os 40 minutos mais atrapalhados, só pensava nela. Errei drinks, derrubei cerveja. Fui preparar um drink na coqueteleira e não fechei direito, a coqueteleira abriu. A bebida voou toda na cara do cliente, o cara ficou com uma folha de hortelã grudada na testa. Ficou furioso, veio pra cima, os seguranças estavam próximos, apartaram.

Um tempo depois, Simone apareceu, escolheu o drink, uma Vodka, a mais cara do cardápio. Podia ter pegado algo mais simples, né, baby, pensei.

Servi uma dose generosa para ela, peguei um Bourbon para mim e pedi para o outro bartender segurar as pontas. Sem cerimonias, discretamente, levei ela para a varanda. No caminho, ela pediu para que não fossemos juntos, disse que iria me seguindo. Disse que estava com algumas amigas e que elas iriam achar ruim por ter abandonado elas. Tudo bem, sem problemas. Subi para o andar de cima e ela veio atrás. Entrei, ela entrou na sequencia meio desconfiada, olhando para os lados. Achei esquisito, mas tudo bem.

Fechei a porta e começamos a nos beijar, sem cerimonias ela botou aqueles peitões pra fora, tinha um piercing em cada mamilo. Comecei a chupar, parecia que estava chupando uma manga, lambuzando, esfregando na cara toda. Fiquei de joelhos na sua frente, comece a acariciar sua xoxota por fora da calça, baixei a calça dela e fui de boca. Fiquei ali, ajoelhado aos seus pés. Levantei, a virei de costas, terminei de baixar a calcinha dela, botei o boneco pra fora e pimba! Uma, duas, três, quatro. Ela gritava, gemia, pedia pra eu foder mais. Foi quando reparei que dava pra ver a gente da área de fumantes, que havia do lado de fora, no andar debaixo. Do quintal, enxergava a varanda, parcialmente. Tinha uma meia dúzia de espectadores nos assistindo. Tudo be. De repente, a porta da varanda se abre, olho para a porta e vejo o cara da folha de hortelã, parado, parecia estar tomado pelo capeta.

Gritou, SIMONE! Guardei o boneco, fechei a calça. Simone ficou sem reação, tremendo, tentando se explicar enquanto colocava a calça. O gigantão empurrou Simone de lado, tirando a de sua frente e veio em minha direção.

O Cara era um brutamonte, não tinha notado isso quando joguei Rum e hortelã em sua cara, parecia um desses lutadores de MMA. Veio desenfreadamente em minha direção, parecia um gorila enfurecido, porém, um pouco desengonçado.

Imediatamente peguei o meu copo de Whiskey e joguei na cara dele. Começamos a sair na mão. Ele acertou alguns socos em mim, desviei de alguns quando na melhor oportunidade dei um cruzado de esquerda e um direto. Ele tentou se defender, mas consegui encaixar todos. Voltei com outro cruzado de esquerda e finalizei com um upper, acabei finalizando o rapaz. Os seguranças chegaram e botaram o casal para fora. Não sei o que aconteceu depois, entre eles.

E eu? Trinta e três anos de vivência e nem percebi que ela era noiva, a diaba usava aliança.





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