Acredite,
Há jovens mortos,
Sem crença,sem razão,
Vegetando em vidas moucas,
De vozes roucas,
Gritos desconcertados,
Enlouquecidos pelo ócio,
De mãos vazias.
Não duvide,
Há filósófos perdidos,
Em suas frases feitas,
Versos alheios do nada,
Tempestade de falas sombrias,
Argumentos desvairados,
Palavras sucumbidas ao vento,
De escribas cheios de si,
Na hipocrisia de suas verdades.
Acredite,
Há devoradores de homens,
À espreita nas esquinas,
Tempo insano de abutres,
Sedentos de sangue,
Rapinagem maldita,
No tempo dos loucos.
Sirlânio Jorge Dias Gomes e Naddo Ferreira