Tiago Paradiso de Oliveira Real

Tiago Paradiso de Oliveira Real

Jurista. Fascinado por Direito e Arte Literária.

1985-07-03 Brasil
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Alguns Poemas

Evolução?

Da cognição e curiosidade do Homo Sapiens,
Surgiu a linguagem oral e escrita.
Homens e mulheres iniciaram conhecimentos
Sobre si, outros e o mundo em que viviam.
E não só: aprenderam a ensinar, souberam compreender.
Assim, floresceu a base cultural da humanidade.

Em cavernas, tugúrios e casebres,
Pessoas agruparam-se.
Da natureza, há o sustento; desafios também.
Podiam trocar caça por plantação,
Segurança por união.
Eis o escambo: estava selada a permuta,
A primeira modalidade contratual conhecida.

Sobre o solo já moravam.
Tinham um território.
Com a prática cultural,
Aparecera um povo.

A convivência entre pessoas,
Quando conquistada, uma dádiva;
Quando não, uma ameaça, podendo resultar em violência e até em morte.
"O homem é o lobo do homem", assim dizia Hobbes.
Temor!

Então, os ocupantes daquelas terras uniram-se em ideais.
Precisavam do estabelecimento de regras
A serem observadas, cumpridas; viés do Direito.
Determinaram um líder; um governante.
Avistava-se, ali, um dos aspectos do que Rousseau chamaria de teoria do Contrato Social.
Da necessidade de partilha, nascia a política.
Com território, povo e governante, revelara-se um Estado.

De convicções iluministas,
Clamadas em revolução:
"Liberdade, igualdade e fraternidade".
Derrubaram a tirania e o absolutismo.

De repente, um estrondoso clarão.
Novo grito iluminista?
Não! Infelizmente, o mundo conhecera a bomba atômica;
Um dos ápices da crueldade de nossa espécie.

O senso de condição humana
Tinha de ser resgatado.
Onde e quando se perdeu?

Finalmente surgira
A Declaração Universal dos Direitos Humanos,
Ideário de pacificação social e respeito à pessoa.

A segunda metade do século XX
Trouxe vasta extensão tecnológica,
Capaz de chegar à Fossa das Marianas, o ponto mais profundo dos oceanos;
E de percorrer longínquas partes da imensidão do universo.

E a evolução do ser?
A miséria, vezes tão próxima, ainda está presente.
Por maior tolerância e vida mais digna,
Anseiam os tempos atuais.
Esperança!

Tiago Paradiso de Oliveira Real

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