Beckert de Assunção

Ficcionista, poeta e ensaísta. Licenciado em História e Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, estreou-se nas Letras com a obra de ficção para a juventude Tronco em Flor (1944), revelou-se como poeta nas folhas de poesia Távola Redonda (1953), com o pseudónimo Hans Karl, mas foi, segundo David Mourão-Ferreira, «com os romances Longe, É para Lá do Oceano (1959) e Sociedade dos Homens Desonestos (1961) que B. A. encontrou os veios mais profundos da sua vocação literária: o poder de simpatia humana com os destinos mais humildes e, por outro lado, uma notável capacidade satírica, em que o real e o utópico intimamente se fundem.» Foi redactor dos Serviços de Publicidade e Propaganda da Mocidade Portuguesa, fundador da Juventude Nacional Trabalhadora, director do semanário Bombordo, redactor do Gabinete de Imprensa da União Nacional, inspector da Emigração, chefe dos Serviços de Programas Ultramarinos da Emissora Nacional e chefe dos Serviços de Rádio e Televisão da Mocidade Portuguesa. Depois de 1974 foi chefe de divisão da Radiodifusão Portuguesa e produtor de programas. Tem colaboração nas publicações Jornal da Mocidade Portuguesa, Camarada, Acção, Diário da Manhã, Diário Popular, A Nação, Vitória, A Semana, Diário de Notícias, Panorama, Graal, Revista do Ultramar, entre outras. Traduziu obras de escritores de línguas inglesa e alemã.