jbcampos

jbcampos

Escritor best-seller - psicanalista - teólogo - aposentado.

1946-02-27 Tatuí SP
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Alguns Poemas

Livre-se da Solidão

Olhares da consciência

Ao enxergardes vossos olhares alheios, e não mais julgardes os vossos bens, e sem maiores detalhes perdoardes a tudo e a todos, inclusive a vós mesmo, ou, se não o fizerdes por não mais haver necessidade... Parabéns, teríeis alcançado a felicidade sem causa, portanto, sem efeito. Venceríeis o maior de todos os inimigos: "Vosso Ego". Chegaríeis à iluminação da bem-aventurança.

Congratulações

Você jamais esteve só, posto que dentro de você existam muitos seres povoando a sua mente e todo o seu ser. Você integral é um universo desmesurado do ponto de vista físico-mental. É tão somente botar essa poderosa mente a pensar e visualizar esses pensamentos, e travar seus melhores diálogos com esses seres mentais, que na realidade são entidades espirituais. É assim que agiram e agem as mentes luminares da humanidade. "Sonhar é viver", quem já não ouviu essa frase verdadeira de um provérbio popular? Então, ratificamos: basta pensar e pensar até visualizar esse pensamento transformando-o em sonho verdadeiro a ocupar o vazio mental, saindo da solidão. A solidão geralmente aparece com a perda de bens pessoais, o sentimento de perda dá azo aos vampiros espirituais, os quais se alimentam das dores dos seres humanos acossados por esse sentimento de estar só, ao léu, abandonado, esquecido, desvalorizado, enfim, é realmente uma dor estranha e muito intensa que às vezes leva à loucura, e até à morte. Porem, isto jamais acontecerá se você se dispuser a entrar em estado de graça, fato que somente depende de você. É como se você fosse ajudar seu filho e ele aceitasse a sua ajuda, assim, deverá estar aberto à ajuda de seu pai espiritual, ou de seus irmãos mentores.

Obs. Entidades podem ser entendidas como energias.

Criar é a arte de sair da solidão.

Nada é mais vivo do que a arte, ela é divina, posto que fuja dos pragmatismos acadêmicos, a verdadeira arte é impar, é a marca registrada do verdadeiro artista, pois, a arte é a ação de criar, e criar aquilo que na sua essência é ímpar, por isto o artista é admirado na arte que cria. Vejamos um músico que fez uso do aprendizado convencional, estudando profundamente o solfejo, e a leitura das notas musicais, porém, ao executar o seu instrumento, se não criar a arte de seu sentimento, é mais um apenas na sua mediocridade musical. Isto acontece com escritores, músicos, cantores, pintores, escultores, atores, etc. Então, a arte tira você da solidão, e aqui pode se enquadrar o artesanato, enfim, qualquer ocupação que lhe faça feliz. A mais nobre de todas as artes é indubitavelmente a filantropia do amor convencional. Esta com certeza suplanta todas as demais.

A solidão é você, portanto, aprenda conviver consigo mesmo.

A solidão dá-nos a impressão de ser um grande vazio, porém, a sutileza mental vai, além disto, pois, na solidão existem os maus pensamentos camuflados de "vazio", pode crer amigo leitor! A solidão faz parte da sua mente pensante, ora, qualquer ação depende de sua mente e, muitas vezes você pratica atos inconscientemente, haja vista, quando está dirigindo o seu auto, quantas e quantas vezes você muda de marcha e jamais se dá conta deste ato corriqueiro. Então compreenda que essa suposta solidão está acompanhada de sentimentos melancólicos, fazendo-o entrar em depressão. São resquícios de sofrimentos e condicionamentos passados. É mais ou menos como aquele que envelheceu e não se deu conta deste fato, então vem a aposentadoria forçada pela idade e, ele se acha um imbecil inútil, posto que antes arcasse com as despesas do lar, coisa que foi ceifada pela minguada aposentadoria. Muitos desses honrados senhores morrem literalmente de solidão, achando ser solidão. Na realidade a pseudossolidão tem muitos sentimentos nela embutidos.

Vamos falar da solidão vista como estando você a sós, e mais ninguém, insulado no mais profundo degredo o que pode acontecer em qualquer parte do planeta. Quando a "Coisa" vem lhe assolar a alma, tirando-lhe a paz sem motivo "lógico", através da chamada depressão, que no fundo trata-se de estado de espírito depauperado. Uma tristeza enorme invade o seu ser, e você não sabe como agir e sem saber a sua causa. Devemos entender que o condicionamento é algo que realmente fabrica o estado mórbido de solidão. Quando alguém se torna condicionado, hipnotizado pelo ato contínuo de agir sob a repetição mental, e, quando perde esse condicionamento, chega-se à solidão. É como a nave que perdeu seu norte. É o grande saudosismo daquilo que se foi e, que ficou nos dias felizes do passado. Notamos então uma infeliz atitude humana, a de distrair a mente com o mesmismo, e por isso mesmo a grande maioria humana chamada de povo, e pejorativamente de "povão" é subjugada por uma ínfima quantidade de déspotas que a governam. Pelo simples fato de se distrair a mente repetindo a mesma e velha história do dia-a-dia. Isto é a mais pura preguiça mental, porém, livram-se da solidão pela maneira mais simples, obedecendo ao sistema. Na velhice é comum sentir-se assim, já que a sociedade de certa maneira joga seus velhos formados neste condicionamento a escanteio. E isto é fato recorrente, e seria hipocrisia negá-lo. Mas, sabendo-se de que a existência humana é assim o jovem deve se preparar para enfrentar esses dias, para não sucumbir na solidão. E essa preparação depende muito do seu estado de espírito, já que todos um dia se não morrerem, ficarão velhos e consequentemente morrerão. Porém, esse estado de solidão não é privilégio de velhos, e sim dos mais jovens também. São seres humanos criando seus mundos e apegando-se a eles, e quando os perdem sentem-se frustrados e vêm à solidão. Então se cria a misantropia, a xenofobia, não querendo mais saber de pessoas, culpando-as de serem as causadoras ingratas desses momentos doloridos. Quando se chega à senilidade há de se dar lugar aos jovens profissionais, e há de se entender que é assim a vida. No entanto, deve-se adaptar ao momento de cada existência, pois, sempre há o que fazer para se obter os dias felizes da terceira idade. A filantropia tem sido a saída para muitos idosos. Pois, sentem-se úteis ao praticá-la despistando a solidão.

A sua mente é um universo desmesurado, onde existem pensamentos incríveis a afetar suas ações. Então você vê fantasmas onde eles não existem. Da mesma maneira vê paraísos. E assim vê a solidão. Aqui vale dizer que, apesar deles não existirem, sua mente pode criá-los. Aliás, qualquer sentimento humano ocupa um espaço no universo, onde se aceita todas as formas de energias criadas pela sua mente desde a nostalgia à alegria. Muitos suicídios acontecem com a desculpa da solidão. Então não se entende o que é solidão, posto que muitos citadinos e até cosmopolitas cometam essa atrocidade, esse sacrilégio. Aliás, suicídios existem de muitas maneiras, o lento, que se pratica fazendo uso de barbitúricos, ou de drogas literalmente, ou com overdoses usadas pelos homens de grandes centros urbanos à forca dos solitos periféricos. Então a solidão é intrínseca, advinda do nosso mundo interior, que é o maior universo criador do bem e do mal. Ela se apresentará somente à cabeça baralhada, estouvada, tisnada, perdida nos fatos da vida, aquela com problemas existenciais. Eis o ditado popular: "Cabeça vazia é oficina do Diabo". Obviamente este verbete "vazio" não é realmente o valor do significado deste ato, aqui neste caso haveria de ser: "cabeça ocupada com o mal", ou "cabeça desequilibrada". Nossa mente é tendenciosa, está sempre a procurar algum sonho do lado prazeroso ao masoquista da vida (o que não deixa de ser prazer àquele que o detém como fetiche). Dor e prazer são as causas naturais da vida humana e seus encantos e desencantos. Portanto, o vazio aqui descrito é o fator indutor da mente, direcionando-a rapidamente aos maus pensamentos, até porque é mais fácil destruir do que construir, haja vista implodir um prédio e reconstruí-lo, nota-se uma distância enorme entre estes dois atos. Então há de se lutar contra os pensamentos distorcidos, aqueles que podem nos trazer grandes dissabores. Somos pegos pelas nostálgicas lembranças de nossas perdas, como dos entes queridos os quais nos deixaram, e com essas lembranças ficaram os sentimentos mais nobres de perdas como do amor, da consideração, da amizade, companheirismo, apoio, ombro-amigo, podemos citar os bens da saúde e beleza física, daquele carrão, daquela mansão, daquele monte de dinheiro, posição social, enfim, tudo aquilo que um dia fenece.

Vamos esclarecer, cabeça vazia é aquela privilegiada com o dom da meditação profunda, cheia da essência divina que é o seu eu maior, sua essência, seu substrato, sua alma... Jesus Cristo disse aos seus discípulos: "Apresentai-vos a mim vazios para que eu vos encha". Deixar a mente vazia não é tão simples àquele que está preocupado com os bens desta vida, posto que direcione todas suas energias a esses bens. Porém, é possível ser despojado, sem desprezar esses bens, sempre dependendo de cada cabeça. Afirmamos categoricamente: é o equilíbrio que nos tira da solidão. Todos esses sentimentos são dirigidos ao mundo virtual àquele que tem a grande força, embora, não se preste tanta atenção nesta preponderante verdade. Vamos tecer uma simples comparação com o nosso mundo paralelo e etéreo à luz da nossa visão. Uma bomba nuclear é ínfima ao compará-la com a sua força destruidora, posto que suas partículas sejam invisíveis, porém, sua força destruidora é bem visível aos que sobrarem de sua devastadora catástrofe. O sentimento de solidão é semelhante a uma dessas bombas nucleares, pois, traz em seu bojo o desânimo, a apatia pela existência, portanto, para se livrar desse malfadado sentimento, se faz necessário ocupar a mente com um sonho, ou apenas um afazer diário como este de escrever, este ato obriga o escritor a pensar, ou entrar em estado de graça usando a intuição, a mãe de toda a criação humana, prerrogativa que serve para todas as artes, ofícios e ciências. Rivalizamos a potência de uma bomba nuclear e seu efeito óbvio, destruidor. É como a solidão, força invisível, porém, devastadora. Naturalmente estamos tecendo comparações com as forças da matéria invisível às da mente também invisível. Porém, podemos fazer o mesmo, comparando com o poder construtor do raio laser, que muito tem ajudado a ciência médica nas curas e muito mais, com o amor incondicional.

O amor incondicional elimina o medo e a solidão.

Quem pensa que o amor incondicional é andar por aí fazendo "caridade hipocritamente", está redondamente enganado. O amor implica em grande sabedoria, aliás, não há sabedoria alguma capaz de explicá-lo. Ora, ora, se há muito tempo Jesus, o Cristo, disse: "Deus é amor", então aqui tudo se resume, e não há quem explique Deus. Porém, resta-nos o consolo de senti-lo, cada um a sua maneira. Quem ama de coração sincero, é generoso, não tem malícia, não se preocupa com as atitudes alheias, porém, se precata, é sábio, como disse novamente o mestre Jesus: "Sede simples como a pomba e prudente como a serpente". Anteriormente quisemos dizer exatamente isto com relação à solidão, sendo que nossos pensamentos são sutis, e se não nos ativermos aos seus engodos, apenas ficaremos a sofrer por conta das entidades maléficas a sugarem nossas energias. Então a luta começa dentro da gente. Autoengodo é o nome, autochantagem emocional, a luta interna é a maior inimiga do homem, ou seja, você lutando contra seus pensamentos insanos. Querendo entender aquilo que não tem a menor necessidade de ser. A perturbação mental é terrível ao seu portador, que age aleatoriamente trazendo graves consequências à família e amigos, ou estranhos. Quando a solidão se aprofunda na mente desavisada, tudo se espera do paciente sofredor chegando às raias da loucura, e como verdadeira obsessão pode causar grandes males aos outros. Temos vistos crimes hediondos de filhos contra pais, pais contra filhos, irmãos contra irmãos, sem causa que justifique crimes tão bárbaros. Com certeza essas mentes estiveram vazias por lapso de tempo e logo foram empurradas para tais atos criminosos. Pois, na nossa sociedade moderna, nada justifica crime nenhum, imaginemos então quando cometido entre filhos e pais. Aqui se encontra a solidão, revestida com outros nomes, pois, quando ela chega avassala a mente incauta, há de se vigiá-la constantemente. Naturalmente quando uma mente se encontra ociosa, na realidade fica maquinando o mal, até de forma inconsciente, dá aquela impressão de vazio estonteante, porém, o subconsciente jamais pára de trabalhar e, perdendo a razão vai fazer o que não se deve fazer. Ficando mais ou menos assim, você chega para uma pessoa desequilibrada, perturbada e pergunta a ela se tal atitude errada deve ser evitada com a mais absoluta certeza era dirá que sim. Porém, ao transcorrer das horas passa a cometer aquele ato errôneo, ou seja, o mesmo ato que condenou horas atrás sem a menor cerimônia, e sem peso na consciência. São pessoas de mentes cauterizadas. Como aquele político sem escrúpulo, que prega na sua tribuna a honestidade, mas, pratica a desonestidade. Conhecemos muitos deles, e o povo também com a sua mente queimada continua reelegendo-os. Para não sentir a solidão a mente incita a pessoa a fazer qualquer banalidade.

Saudade e culpa

Estes dois sentimentos que fazem da solidão, um misto de "solitude culposa, ou de peso na consciência" quando praticada contra àqueles que já se foram, e nada se pode fazer do ponto vista físico. Restando somente o amor próprio transformado em autoperdão. Trata-se de "não chorar o leite derramado" sem perder a consciência do erro cometido, e do autoperdão adquirido. Errar é humano, e autoperdoar-se também. Quem se foi também foi humano e cometeu também seus deslizes com outros irmãos. Portanto, o perdão é divino, e o autoperdão implica em amar o próximo como a "si mesmo", quem não aprendeu a se perdoar não sabe amar nem a si e nem ao seu próximo. Da solidão podem surgir bons pensamentos de louvores à solitude, trazendo alento, o verdadeiro alimento de nossas vidas como o poema que se segue.

Magia da vida

Oh... Magia que a mim me deu vida um dia. Olhando ao céu de anil, procuro analisar o meu perfil, perfilado aos seres viventes neste plano varonil e inocente. Varão aperfeiçoado para a luta neste planeta azul, às vezes de força bruta, com muito verde ainda, antes da morte finda. Reluzente luz da vida universal. Apenas um ponto vivo, este sou eu, juntamente com outros tantos desejosos em saber o que acontece no misterioso plano astral. Vidas vêm, vidas vão pelos vãos dos dedos.Vida enrolada ou normal, aguardando o maior segredo, neste velho e vão degredo à procura do nada absoluto, vida e luto. Porém, a mim me convém saber do agora, apesar do momento, haja aurora, pois, sei que nada sei. Descortina-se o verbo o qual devo conjugar ao giro desta vida a girar, e cumprir o meu dever eterno, mais uma vez. Vida terrena, vida animal, ora açúcar, ora sal. Aprendizado do bem, e também do mal. Porém, não deve me assustar, esta é a escola de bilhares e bilhares de seres sentados em bancos escolares, a descolarem ensinamentos eternos, e a serem usados nos tempos etéreos, quais somente a eternidade pode conceber a essa escola na qual vim para aprender.

Duro na queda

Seja duro com a solidão, pois, fazer que não a vê; seja ignorar a vida, traduzindo-a em jardim florido, isso só se vê mesmo na tevê, àquele que se acovardou e para si guardou o seu avaro prazer. A vida é luta renhida, sim senhor, para se crescer com paciência, tolerância e clemência na prática do amor deixando a ânsia de sobrevivência e na labuta da malquerença apenas se defender. Seja duro na queda, posto que sofra menos, saindo de lugar grande sem se tornar pequeno. Lutar em desânimo aumentará o veneno. Faça-se duro para tornar sua vida amena. Faça-se mais do que inteiro, porém, mantenha-se sereno. Que diferença faz, ser menina, moça, jovem, menino ou rapaz.

Estamos todos na eternidade!

Jbcampos

A SUBLIME ARTE DE VIVER

Através da vidraça

O saber é luz que não se traça. É tesouro virtual quanto à própria alma. É um bem, quando bem utilizado para trazer paz e calma a você e a quem mora ao lado, por pouco que se faça. Porém, vem o triste recado: Ele está sempre guardado deixando a mente estouvada e à mercê. Às vezes plenamente cega como se pode ver um bem embolorado. Jamais esquecido apesar de mofado, não servindo a nada, nem à ignorância que se carrega. É o desperdício de inerte vício. É mais que pecado.
Se você é dono de mesa farta com muitas iguarias, e com boa saúde para saboreá-las, muito bem, está fazendo bom uso de um tesouro. Porém, se não reúne essas qualidades, sinto muito em lhe dizer coisas nobres, pois, assim o faço com humildade: "Você, é mais um pobre" a bem da verdade. A menos que possua aquele tesouro de mais idade chamado: Amor. Aí você é rico sobremaneira encerrando qualquer discussão de qualquer asneira e sem a menor qualidade.
Sabedoria guardada em prateleira merece um instante de atenção, quando se tem uma estante ao alcance da mão. Mais um tesouro guardado fora, para não dizer: jogado agora num lamacento chão. É pobreza de doer o coração. Continua pobre, meu irmão!
Veja este tesouro da vidraça, que a traça jamais traça, eis a lição: Atrás da vidraça onde somente a visão traspassa qualquer emoção, está a criança cheia de graça olhando aos pássaros na ensolarada praça. São os donos da natureza em sua esplêndida beleza. Agora, e você, pára para contemplar o que vê, ou o vê na tevê? Você precisa entender onde se acha a graça de se viver! Ela não está na parede, na copa, tampouco, na rede, está em você. Então é biliardário e generoso ao gastar o seu tesouro com o otário que não quer aprender. Fazer o que, povo é povo, você é você o rico que não se vê.
Parabéns, você é o mais forte candidato à felicidade.

jbcampos

SUCESSO SEM MISTIFICAÇÃO

O terreno de Tonico

Tonico, um homem simples que venceu na vida como comerciante, após trabalhar 18 anos a um senhor judeu que havia fugido da Polônia pela perseguição nazista. Com esse polonês aprendeu a lidar com o público, tornando-se um filósofo da vida. Após esse período pediu demissão de suas funções no comércio moveleiro de Isaac e abriu o seu próprio negócio, sendo bem-sucedido ao longo de alguns anos.

Tendo comprado um terreno de 1000m2 para fazer uma pequena chácara para seus fins de semanas, posto morar no próprio prédio de sua loja de móveis no centro de uma cidade do interior paulista. Sua família era formada pela esposa e mais 3 filhos.

Num certo dia um vizinho do seu terreno, dá-lhe uma notícia de que alguém está mudando a cerca de seu terreno.

Sábia atitude

Tonico, muito sutil passa a mão numa enxada e vai capinar o terreno, era hora do almoço. Chegando ao local, realmente notou que alguém havia mexido nos palanques e nos arames farpados.

Tonico, como se nada tivesse acontecido, começa a sua capina.

Após o horário do almoço, encosta uma camioneta importada e desce um cidadão com seus dois companheiros e ao verificar que Tonico está distraidamente carpindo o seu terreno chama-lhe a atenção:

- Boa tarde, Senhor!

- Boa tarde, Tonico ao seu dispor.

- Eu me chamo Bosch, muito prazer...

- O prazer é todo meu...

Aquele magnata, empresário todo poderoso, o qual Tonico já deduziu quem era, pois, estava montando uma de suas fábricas na região.

- Meu senhor estou mudando a divisa de nossas terras e o senhor não se manifesta?

- Notei realmente que a cerca está caída e os seus companheiros estão a mudá-la, portanto, invadindo o nosso lado de cá.

Continua Tonico:

- Peço ao cavalheiro que atente aos meus cabelos brancos e, que a mim me resta muito pouco tempo nesta existência, e não vou-me indispor com o nobre vizinho por alguns metros tirados dos meus 1000m2 para incorporar à sua fazenda, doutor. Nesta altura do campeonato, logo necessitarei apenas de alguns centímetros de terra por pouco tempo, pois, me tornarei apenas pó.

Imediatamente, Dr. Bosch, pede aos seus dois funcionários que retornem aquela cerca ao seu antigo lugar.

Humildemente agradece a Tonico pela sua lição de vida, retirando-se do local.

Dr. Bosch vai comentar o acontecido com um de seus diretores de sua nova fábrica e ao relatar o acontecido, tem uma enorme surpresa.

- Caro Bosch, aquele seu vizinho de cabelos brancos é o meu amado pai.

Jbcampos

Rascunho amigo

Desculpe-me pelo rascunho. Amigo você é o cunho cinzelado com forte punho. No improviso o aviso: Os dias são todos iguais. Uns alegres, outros tristes, mas você sempre resiste, ora com pouco, ora com mais. Amigo a hora é amarga e braba; braba por ser de luta, e brava por ser de herói! Como poderia ser agora: Belo crepúsculo ou linda aurora, ratifico sem escrúpulo: Os dias são todos iguais. Nossos dias, nossas histórias, calejam nossas memórias de contumazes mortais. Passa a noite, vem o dia, ora quente, ora frio, viver é para fortes, pois, não acreditam na morte, realmente são imortais. Como antes lhe dizia: Os dias são todos iguais. Fome, viaduto, corpos frios, fartas iguarias, belos jardins, e lindos quintais. Antiga é essa história, sem luta não há vitória. Dia de labuta, feliz, ou de força bruta, dia de dialética, semana de semântica, quinzena de redundância, ano de cacofonia, como antes lhe dizia: Os dias são todos iguais. Porém, nada me trava, nem a força dessa clava! Aqueço o meu motor, arrefeço minha mente, seguindo sempre em frente, ando por onde for. Não tomo nenhum atalho, e procuro não ser falho. Estou indo muito fundo, talvez ao fim do mundo, na alegria ou na dor. Caminho sozinho sobre flores ou espinhos. Desculpe-me meu amigo, falei pelo umbigo, não sei andar solteiro, preciso de um companheiro, conhecido por amor. No dia a dia me baralho, pois, meu irmão de trabalho tornou-se escorregadio, jamais me admite, vadio! Fico triste, mas adio, pois, na ira sou tardio. Estas linhas vão descendo ladeira da memória, vou-me apercebendo, descem aleatórias, porém, inverto o seu rumo, sem usar esquadro nem prumo, direcioná-las-ei agora. Voltando ao meu colega, ando dias, ando léguas, acompanhando-o até às trevas, nem ao menos peço trégua. Já que falei de prumo, não perderei meu rumo, tampouco minha régua. Nada mais me importa, do meu peito abro a porta com emoção infantil, tento ser gentil. Sinto amá-lo com ardor! É o perdão da tolerância, que recebi por herança de Jesus o bom pastor. Pois, não tomo nenhum atalho, faço de alegria os meus dias, e também, meu malho! Embora, ratifique: Os dias são todos iguais. Alegria é o meu trabalho, e jamais a minha dor. Sendo ultrajado pelo ócio, matarei o pensamento ocioso, mesmo que caia eu prostrado, serei um vitorioso! Assim me espelho à mercê em amigo como você, sincero e generoso! Se não fora assim, ai de mim, pois, amigo assim quase não se vê! Sucesso, amigo cavalheiro, apesar de muitos janeiros, sempre ao seu dispor. De que vale o mundo inteiro, se não relembrarmos do favor? Pois é, meu companheiro, da alegria, ou da dor. Nossas míseras feridas, só se curam com o amor! Amigo, aguente o tédio, paz é o grande remédio. Que esta modesta fala não seja apenas um poema, e sim um diadema, irradiando o seu calor! Apesar desse improviso, com palavras informais, Eis o aviso: Os dias são todos iguais.

jbcampos

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Tem dia

Tem dia que se inicia com o tédio da melancolia qual redundância entedia desde a infância, porém, indo além, existe um remédio que muito remedia, receitado pela médica do dia a dia. Doutora Musa, que muito abusa dessa receita sem contraindicação, já que faz uso do laboratório palpitante e decantado, chamado: Coração. Às vezes a Medusa fica inclusa nessa situação, a qual cobra com suas cobras a subserviente mente, criando em segredo iminente medo de suas vis serpentes ao traçar de toda obra. De repente ressurge a Musa contente e sorridente espantando essas víboras maldizentes e perigosas. Como age o Amor, antigo protetor invisível e indizível de qualquer dor. Sempre aparece contente, sorrindo com alvos dentes com sorriso de ardor incandescente.

Tem dia que a gente parece ter reaparecido num paraíso distraído e para isso há de se conservar o juízo de meros mortais em busca do verdadeiro céu, já que foi isso que ensinaram ao léu e muito mais.

Cada escola com sua santa estola, quiçá, com criminosa pistola de imposição a prender por falsa esmola a cabeça em velhaca cartola.

Tem dia, que o assédio realmente assedia, colocando a gente numa nua e fria via, mão da mais cruel ilusão, mas pode-se ouvir sem pretensão, uma melodia como a linda canção de Ave Maria, No Morro, do esperto Herivelto e Pery, coisas de pai e filho ao nosso socorro, de Gounod, dos idos de bisavôs, na incomparável voz que somente escala e jamais se cala. Ave, Maria Callas ao se vislumbrar belo dia de amor e sedução, são várias meu amado irmão, do velho alemão Sebastian, dos ítalos Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini, todos trazendo-a em sua verve; pacificante canção.

Os dias são feitos de altos e baixos.

jbcampos





A descida

A DESCIDA DO EREMITA

- Amigo leitor, de onde viemos e para onde vamos?
Estes escritos têm a pretensão de lhe mostrar o caminho pelo qual, você, caro amigo leitor, encontrará o seu próprio caminho rumo à tão almejada felicidade. Você poderá achar este introito um tanto petulante, porém, afirmamos-lhe, que nasceu do imo da nossa alma, creia! Desejamos-lhe prazerosa leitura, com a honra desta dedicatória, pois, você é o causador maior do nosso ensejo de escrever. O iluminado

Capítulo 1

A MONTANHA DOIRADA

Lá do alto, bem do alto da montanha descia o homem, também conhecido pela alcunha de: "O Homem da Montanha". Descia para viver seu aprendizado, que era realmente muito diferente do convencional. Houvera vivido longos dias no cume daquela montanha de porte médio, pouco admirada pelos homens, talvez pelo desinteresse mineral exploratório, oxalá, interesses latentes e futurólogos por pedras britadas, mesmo assim lá estava vivendo o eremita. Vegetariano por força circunstancial. Jonas, o nome do profeta-horticultor, muito jovem ainda, subira ao monte e descobrira uma gruta, buraco da natureza, o qual, sem a menor sombra de dúvida, passou a figurar como objeto de sua paixão. Seu grande sonho, como ele próprio dizia, era a paleontologia. Sendo residente contumaz daquela loca incrustada no granito refratário e gélido, sem fazer o menor sentido para alguns poucos conhecedores deste seu novo endereço que, somente por este simples fato, proferiam palavras ignominiosas a seu respeito, referenciando ao seu modo de vida tão incomum. Ao lado esquerdo daquela enxovia, a alguns metros, um escarpado com suas bordas floridas e uma beleza verdejante central, faziam notórios os valores vegetarianos de Jonas. Um veio d'água da grossura de polegar de pessoa normal, escorria de dentro da gruta, como se fosse gente grande em sua perenidade, cujo curso fora direcionado para o belo escarpado vergel, sendo pelo sistema de irrigação hidráulico, natural e por gravidade, confeccionado em mangueiras, imerso sob a Alameda das Formigas, com placa indicativa, estando grafado na entrada da caverna, somente um número, o: 1 (um). Alameda das Formigas, nome este que Jonas arranjou para endereço, inspi-rado no grande formigueiro que existia no caminho que levava à entrada daquela enorme caverna. Então, Jonas, movido pelo seu espírito parnasiano, escreveu estes versos inspirado nas formigas trabalhadeiras daquele local

jbcampos



A DESCIDA DO EREMITA

Mundo de todo mundo

Na palma de sua mão há o mundo de todo o mundo.

É a ficção da fiel realidade que chegou à posteridade e a desnudar com valor tamanha prosperidade.

O mundo digital pode, porém, o mundo continua imundo e pobre em sua vil insanidade.

É o povo que se sacode, pois, jamais pode se alimentar de seu celular nobre. Cuja nobreza vem servir à honesta beleza e; infelizmente ao reino da safadeza.

Para onde fugiu o amor, realidade que explode no sangue, sem a sua original cor à maléfica vida de estupor, sem igual dor exangue?

Anote no seu "notebook", fiel amigo infiel, mas não se zangue, pois, lhe prometo; "será bem pior a emenda do que o soneto"...

A maldade tornou-se santa à filosofia do otimista, feito à boçal criança, porém, na verdade realística é bom criar outra lista ao não se ver o sacripanta, enquanto, nada se faz; o mal só se satisfaz e avança nessa doentia lembrança e o mundo perde a paz a qual deveria ser a sua mais santa aliança.

E nesse sacudir de pança através do ignóbil sorriso, somente pode se dar pelo simplório juízo...

Quem vai pagar o prejuízo?

Será o Deus do paraíso?

O Senhor do final juízo?

Lúcifer, o anjo de luz ao conduzir a quem seduz?

Quiçá, algum político assaz, escravo de Satanás?

A vida é mais real do que somente a orgia de carnaval, a verdade é doída, porém, vai muito além de uma mera ferida, ela pode anular a vida no além, além da mera partida aquém...

De onde viemos e para onde iremos?

Uma certeza temos: Ao pó voltaremos!

Ao se meter os pés pelas mãos, ao que ainda soçobrar dessa moderna ação, tornar-se-á robô de sua própria criação!

Não adianta torcer o seu elegante nariz, pois, essa é a sua penariz, quer você goste ou não, meu irmão bondoso ou poltrão, sobrevivente desse chafariz ocioso...

Ao se imiscuir à mentira, receberá pela ira uma tromba de elefante à Pinóquio falante-oneroso...

A sabedoria é mais simples do que imagina o hodierno filósofo, o religioso antropófago, o cientista egoísta, o político paralítico.

O mundo inteiro não enxerga além do dinheiro, porém, o melhor companheiro está estampado no sorriso duma criança ao florescer duma flor, sem a menor dúvida é o amor em seus infinitos janeiros sobre a corcunda do sábio e decrépito ancião o qual já dobra o cabo da boa esperança!

O amor encantado sempre esteve sentado ao seu lado, tão singelo, notório que deixa de ser santo oratório ao ajutório de quem deveria ser o mais sábio dos seres simplórios.

Meus companheiros aos singelos desígnios dum Deus verdadeiro, por inteiro e jamais nesse purgatório.


Amar é conseguir ver o nada, é apenas amar e mais nada.


jbcampos

O FANTÁSTICO MUNDO DOS SONHOS

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