Mariano.Edimar

Mariano.Edimar

Pai da Dandara.

1981-10-22 Belo Horizonte
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Alguns Poemas

Saúde Mental, depoimentos!

Ser paciente de saúde mental é quase sempre um pesadelo, tem cada história pesada que até  arrepia o cabelo;
Num passado não muito distante, a gente era tratado feito bicho, e às vezes muito pior do que lixo, nos manicômios horripilantes;
A reforma psiquiátrica foi um avanço salutar, mas a mente dos preconceituosos, Ah! Essa é difícil de transformar;
Se uma perna está quebrada ou a cabeça está doendo, todos sabem o que fazer, mas quando digo que estou doente, Ah! Isso é falta do que fazer;
Sempre fiquei à margem da sociedade e você não sabe o quanto isso me dói, ser praticamente invisível é como um câncer que corrói; 
Nós também somos "normais", a gente brinca, a gente ama, a gente sorri, a gente chora e, pasmem vocês a gente também sonha, mas o que nos mata sempre um pouquinho é ser para muitos uma vergonha;
Frequentar o Caps é cada dia melhorar um pouco, mas se me vêem saindo daqui, sou logo chamado de louco;
Aqui tem Horta, aqui tem grupos e vários recursos interessantes, e quer saber o que considero mais pertinente? É que para além de tudo isso, aqui ninguém me olha diferente;
Sair de casa, fazer novos amigos, ter um tempo para espairecer, oh! Como é bom esse ambiente! E o que nos deixa bem mais feliz é ser tratado como gente;
Desde o dia em que cheguei ao CAPS em mim brotou uma semente, e hoje meu compromisso é cuidar da minha mente;
Sonhar, sorrir, fazer acontecer, parece que tudo isso tinha ficado para trás, mas se você me der a chance hoje eu lhe mostro do que sou capaz.

Saúde mental

Ser paciente de saúde mental é quase sempre um pesadelo, tem cada história pesada que até me arrepia o cabelo;
Num passado não muito distante, a gente era tratado feito bicho, e às vezes muito pior do que lixo, nos manicômios horripilantes;
A reforma psiquiátrica foi um avanço salutar, mas a mente dos preconceituosos, ah! Essa é difícil de transformar;
Se uma perna está quebrada ou a cabeça está doendo, todos sabem o que fazer, mas quando digo que estou doente, Ahhh! Isso é falta do que fazer;
Sempre fiquei à margem da sociedade e você não sabe o quanto isso me dói, ser praticamente invisível é como um câncer que me corrói;
Nós também somos, como vocês gostam mesmo de falar? Somos "normais", a gente brinca, a gente ama, a gente sorri, a gente chora e, pasmem vocês a gente também sonha, mas o que nos mata sempre um pouquinho é ser para muitos uma vergonha;
O tratamento em liberdade tirou um pouco da escuridão, trouxe um raio de esperança e a palavra é gratidão. 
Mas a prisão, não são só as grades dos hospitais, é também quando você pensa, que somos menos que os demais. Hoje pareço livre, mas ainda há muito o que ser feito, pois o meu maior sonho, é me libertar do seu preconceito.
Me ofereceram a liberdade e eu pensei! Agora saí do sufoco, mas na primeira vez que entrei no CAPS, disseram: ali lá vai mais um louco;
A reforma foi um recurso, de profissionais bastante ousados, mas a luta continua, pois muitos ainda estão acorrentados.
Acorrentados pelo desprezo e pela desinformação, muitos ainda hoje acreditam, que sou um perigo para a nação. Mal sabem que o que eu preciso é de afeto, compreensão e resiliência, mas a maioria quando me vêem, me associam à violência.
Que essa conferência possa servir para arrebentar com os cadeados do medo, do preconceito e da ignorância, e que eu jamais me sinta menor, diante da sua arrogância.
Não busco nada extravagante e nem mesmo indecente,  apenas exijo como direito, ser tratado como gente;
Que a conferência seja um sucesso e faça germinar uma semente e, que todos aqui façam um compromisso: o de cuidar da sua mente;

Paródia (Nosso Brasil)

  Em um País igual ao meu
  O que mais temos é exploração
  Não se investe na educação
  A coisa linda é dar sacolão
  É muito rico, mas mesmo assim
  Desigualdade não tem fim
  “Cantar não basta é preciso de mais”
  Oh! “Vamos juntos guerrear”
  Quase que sempre, temos noticias
  Morreu mais um de tanto esperar
  Da sua doença não se curou
  Pois faltava o médico

   Stop corrupção
   Stop  alienação
  Vamos fazer revolução
   Lutar pela inclusão
  Tata-tatata, tata-tatata
  Tata-tatata, tata-tatata
  Tata-tatata, tata-tatata
  Tata-tatata 

  Em um país igual ao meu
  Não se combate a corrupção
  É só votar que acabou  
  O seu papel de um cidadão
  A consciência ninguém usa mais
  Pois tem bolsa pra tudo e sim
  Um instrumento que sempre dá
  Milhões de votos: ratatatá
  Não tem efeitos, não vê melhoras
  Só gente pobre pedindo esmolas
  Ao seu país pode ajudar
  Mais por favor, vamos estudar
  
  Stop corrupção
  Stop alienação
  Vamos fazer revolução
  Lutar por inclusão

  Tata-tatata, tata-tatata  
  Tata-tatata, tata-tatata  
  Tata-tatata, tata-tatata  
  Tata-tatata             
  
  Tata-tatata, tata-tatata
  Tata-tatata, tata-tatata
  Tata-tatata, tata-tatata
  Tata-tatata


 Rata-tata-tata, tata-tatata, rata-tata-tata, tata-tatata, rata-tata-tata, rata- tata-tata, rata-tata-tata 


Baseado na Música "Era um Garoto que como Eu" de Engenheiros do Hawai.

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