

gabicarnavale
Gabriela Carnavale, 21 anos, estudante de Letras pela Universidade Estadual Paulista, amante da literatura e poetisa em busca do reconhecimento
1998-11-10
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DEIXE OS MORTOS MORREREM
Dancemos a valsa da vida
enquanto não há terra sobre nossos pés
Travemos então uma conversa fiada
Enquanto o silêncio não cala nossas cordas vocais
Me chame para jantar
Antes que meu corpo seja alimento da eternidade
Pois depois de morto, quero morrer apenas.
Não evoque meu nome
Com palavras que deveriam ter sido ditas e não foram
Não importune meu ramo de ossos
Com lágrimas atrasadas
Deixe os mortos morrerem
Deixe-me viver minha morte
Sem nenhum consolo de vida
Pois a vida é todos os dias
Mas a morte é uma só.
enquanto não há terra sobre nossos pés
Travemos então uma conversa fiada
Enquanto o silêncio não cala nossas cordas vocais
Me chame para jantar
Antes que meu corpo seja alimento da eternidade
Pois depois de morto, quero morrer apenas.
Não evoque meu nome
Com palavras que deveriam ter sido ditas e não foram
Não importune meu ramo de ossos
Com lágrimas atrasadas
Deixe os mortos morrerem
Deixe-me viver minha morte
Sem nenhum consolo de vida
Pois a vida é todos os dias
Mas a morte é uma só.
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