Carla Furtado Ribeiro

Carla Furtado Ribeiro

Poetisa

1977-06-13 Coimbra
53874
2
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JUSTITIA

De segredos te encerras, deusa
De segredos te enovelas
De segredos te consomes
E acautelas…
 
De segredos te ocultas,
Pousando na cidadela
A sombra, apenas,
De mais densa luz
Que não desvelas…
 
De segredos te encerras, deusa
Nocturna e sedutora,
Esfíngica e bela…
Sapiente sentinela,
Que na Tríade da Pólis
Se constela.
 
De segredos te encerras, deusa...
De coração pétrido,
E enigmática,  austera,  selas
Com ordem, sublevação.
(Mas, eis que sepultas, então,
A lágrima que ocultas,
No aluir do teu íntimo perdão…)
 
Justiça! Justiça!
Quantos desenganos são....
Buscamos teus arcanos, mas em vão…
Pensamo-nos divinos, de humana condição…
Se, ao menos, em nosso palpitar profano,
Infundisses, da justiça divina, a humana cognição!…

Justiça! Justiça!
O teu perdão…
Pois Tu é que és Divina!
Mas nós…não...


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Adriano_Moreira
Belo texto,parabéns!abraço fraterno
17/dezembro/2011

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