Onde eu volto é sempre
Um carretel de linha despenteia
uma trança de reflexões e sentimentos;
quem dera feições de primavera revolvesse
ainda que tessitura cobrasse depois.
Trama de fios, artérias a desconectar paixão
de um órgão qualquer ventríloquo
sem ideia de propagação, requer
interesse e desafio no palpitar do sono.
Sonho no dormir de abraço e nego
dia quem me desse pente escova
impossibilidades de malas postas
com as quais traços se remova.
Dia que noite fosse enfim luar
estrelas costuradas lantejoulas botões
matemática canção de firmamento
desconjuradas suas notas musicais, senões.
Que vida é silêncio e verbo
sorriso quando o chão nos falta
e beijo nos toma raro o momento
de luz e sombra, revelação e mistério.
Tudo o mais descondero e creio
de azul o céu reconfigurado
banidos os raios da manhã
em um sonho ensimesmado.
Tranca de penteado recomposta
espádua coxas costas
de volta o lugar quem mim se perde
portões puídos janelas de verão.
Nunca solidão se faz prosa contínua
de amiga de um instante sem concerto
que de amor jardim efeito avesso
onde almas se despem de joelhos.
Perdão que se reza a si mesmo
quando tudo é saudade e recomeço
espelho com o qual se fala por inteiro
a existência vivida aos pedaços.
E eu felino de garras pinto a canção
que fio de carretel põe-me a enrolar;
se tardo ou se é pobre sensação
olhar divaga recordação Niemeyer.
Sólida, corpos depois de embriagar
arquitetura quer a trama dos cabelos
de volta e de viés mesmo lugar.
Sempre seu colo, carretel novelo
nos quais debruço os cotovelos
e alma ponho alinhavar meu mar.
uma trança de reflexões e sentimentos;
quem dera feições de primavera revolvesse
ainda que tessitura cobrasse depois.
Trama de fios, artérias a desconectar paixão
de um órgão qualquer ventríloquo
sem ideia de propagação, requer
interesse e desafio no palpitar do sono.
Sonho no dormir de abraço e nego
dia quem me desse pente escova
impossibilidades de malas postas
com as quais traços se remova.
Dia que noite fosse enfim luar
estrelas costuradas lantejoulas botões
matemática canção de firmamento
desconjuradas suas notas musicais, senões.
Que vida é silêncio e verbo
sorriso quando o chão nos falta
e beijo nos toma raro o momento
de luz e sombra, revelação e mistério.
Tudo o mais descondero e creio
de azul o céu reconfigurado
banidos os raios da manhã
em um sonho ensimesmado.
Tranca de penteado recomposta
espádua coxas costas
de volta o lugar quem mim se perde
portões puídos janelas de verão.
Nunca solidão se faz prosa contínua
de amiga de um instante sem concerto
que de amor jardim efeito avesso
onde almas se despem de joelhos.
Perdão que se reza a si mesmo
quando tudo é saudade e recomeço
espelho com o qual se fala por inteiro
a existência vivida aos pedaços.
E eu felino de garras pinto a canção
que fio de carretel põe-me a enrolar;
se tardo ou se é pobre sensação
olhar divaga recordação Niemeyer.
Sólida, corpos depois de embriagar
arquitetura quer a trama dos cabelos
de volta e de viés mesmo lugar.
Sempre seu colo, carretel novelo
nos quais debruço os cotovelos
e alma ponho alinhavar meu mar.
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