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Amor, talvez comprimido
tomado de seis em seis horas
dose de um pileque
que à cabeça sobe.

Febre terçã
que o peito envolve
e os pés deixa ao relento,
amor é documento roubado
que identifica o ladrão
jamais signatário.

Tanto cura
quanto me põe maleita,
o amor, a frase feita
que bebedeira faz ouvir.

Aquele que não tem
por onde chegar ou partir
cujo sobrenome não se escreve
filho de noite ruim.

Tapinha às costas
que lhe encoraja porque teme,
falso diamante
cárie sorridente.

O amor... esse caro souvenir
tão raro
quanto por se descobrir.
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