

AurelioAquino
Deixo-me estar nos verbos que consinto, os que me inventam, os que sempre sinto.
1952-01-29 Parahyba
254169
12
31
pequena alusão ao meu país II
no meu país
por sobre a face dos homens
cresce uma vergonha intensa
que mesmo muda, às vezes convence
de que é preciso à força
assassinar o sentimento
no meu país
as palavras já não bastam
seus sons perdem-se nas madrugadas
no cansaço dos corpos
na ausência dos abraços
no meu país
existe uma fome infinita
espreitando os homens
nas esquinas
e a terra
com um soluço imenso
guarda o peso dos homens
no mais vão de sua consistência
no meu país
os homens já não choram
as lágrimas boiam perdidas
nas estradas da memória
por sobre a face dos homens
cresce uma vergonha intensa
que mesmo muda, às vezes convence
de que é preciso à força
assassinar o sentimento
no meu país
as palavras já não bastam
seus sons perdem-se nas madrugadas
no cansaço dos corpos
na ausência dos abraços
no meu país
existe uma fome infinita
espreitando os homens
nas esquinas
e a terra
com um soluço imenso
guarda o peso dos homens
no mais vão de sua consistência
no meu país
os homens já não choram
as lágrimas boiam perdidas
nas estradas da memória
40
0
Mais como isto
Ver também