Reirazinho

Reirazinho

Túneis de pensamentos perdidos.

1999-01-09
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O Poema do Morto

No caixão putrefato vou ficar 
no ritmo da terra no corpo,
o ditirambo da inércia, matar.
Coveiro consolando o morto,
da funéria sombra etérea, 
o divino esqueceu o cadáver
quando deu fruto a matéria;
Mornou a água do precaver,
ignorou as súplicas do filho
do fatídico Cristo-martírio. 
   
Eu deveria sair do mausoléu,
mas, deixei os vermes no fel.
Caminhar no ritmo que a terra
sucumbiu minha veste férrea;
Coagir meu coração a bater
na força de bomba a crescer.
O segmento do meu crânio 
quebra justaposto ao ânimo:  
o sentimento de persistência
soterrado na clemência.
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