Cansoneto

Recebe esta canção imaginária
- sonata que recém sonhei pra ti;
compassada de maneira ternária
parte de minh'alma que eu reparti.

Quero despertar-te com mil acordes
e adormecer-te, de novo, em meus braços.
Beijar sutilmente os lábios que mordes;
montar-te os sonhos com sons em pedaços.

E logo quando a ouvires, por certo
suspeitarás que a conheces há muito
(algo tipo: déjà vu ou presságio).

Então, aos poucos, chegarás bem perto
dar-me-ás, na face, um beijo fortuito
e, por fim, me dirás que é tudo um plágio.
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PEN Clube 1993Poesia Concreta

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