Murilo Porfírio

1995-07-28 Minas Gerais
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I-LXXXI Jaezes de vida e morte

Resta-me uma janela para assistir toda a rua.

Ouvi rumores dos sicários que estão livres sem tortura,

mas não os vi, não senti, acredito que esqueci;

não que deixei o medo das coisas mundanas,

é só o cansaço, que me põe à espera do destino de pijama.

 

É a primeira vez que, o que digo,

soa como algo que tenho vivido.

Alguns vão da água ao vinho,

mas carregam a dificuldade

de reconhecer um passado maligno.

 

Os céus perdoam seus filhos,

mas os pequenos ainda choram pelos monstros que,

há muito, os têm perseguido.

É por isso que me contradigo, culpo-me pela falta de senso,

mas vejo-me encosto dos livres arrependimentos.
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