felipemattos

Eu sou...e quem não é?

2018
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Sobre uma flor que arde no silêncio

A flor que arde no silêncio guardava um segredo mudo,
olhos que se cruzaram no acaso de um corredor contido,
promessa inaugural escondida na rotina do vivido,
lágrimas da primeira dor fecharam portas de desejo,
beijo que não se deu ainda arde na boca em lampejo,
teu olhar vestiu juras bordadas em cinismo sutil,
voz mansa soava melodia que virou alarme febril,
vi teu rosto reluzir na rede, feliz sob o azul do mar,
tua vida bem enquadrada cortou meu peito a sangrar,
hoje recolho cacos que calcei na solidão da ausência,
não foste espelho, mas fumaça a esconder a presença,
eu te amei sem contrato, e tu partiste sem aviso,
meu jardim cresce só, flor de assombro e de improviso.

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