JFranco77

João Franco, dedica-se há alguns anos ao ensaio e à ficção. A poesia é a sua aventura mais recente e que lhe tem ocupado mais tempo.

1977-08-06
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Altar

Fiquei para trás, acenando ao carro do progresso.

Em que ano, em que milénio vivo?!

Não me custa nada trocar: o vosso betão,

Pela minha floresta; o barulho dos carros,

Pelo cantar dos pássaros. 

Quem é que derruba igrejas e catedrais,

Com tanto à-vontade, deixando apenas a terra nua?

Agora quero rezar e não tenho altar,

A um deus que está em toda a parte.

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