RAPSÓDIA D´UM OUTONO

Tropeço na realidade,

Que me atira na cara a verdade...

Quase sorrio de minha estupidez.

Jaz perdida a batalha,

Envolta em puída mortalha,

Luta inglória da insensatez.

Sem mais nada a perder,

Grito até romper,

Os tímpanos desse silêncio

Estanque...

Desfio um rosário de dores,

Rogo praga nos amores,

Amaldiçoo esse sonho

Pagão.

Já é outono e o inverno

Não tarda...

Em breve o frio congela,

Melancólica a alma hiberna,

Penitência sem perdão.

Dobro os joelhos ralados,

Recolho os cacos espalhados,

Entre as folhas caídas,

No chão.

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