Filipe de Leucas

"Minha nem sempre lúcida mente se transborda pela caneta, escrevendo o que resta de mim, o que não cabe em mim, o que escondo em mim... os restos de minhas irrealidades..."

Belo Horizonte
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Serra

Leve-me para onde a cidade acaba,
por entre as serras, as pedras
do caminho refletem o sol do inverno.
A tarde é quente, o coração é frio.

Leve-me para onde o cerrado começa,
subir a serra pelas picadas incertas
que levam para o fim da civilização.
Soletária trilha, cidade multidão.

Leve-me para onde a paz exista,
por entre a mata tortuosa e seca
o pó de minério faz a terra brilhar.
Para baixo, o cinza, cores para cá.

E vamos contemplando a imensidão,
os prédios encrustados no horizonte
e as pessoas ocupadas em viver a sós.
A tarde termina, começamos nós.
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