Casa
Olhar o céu através das folhas das árvores, das águas furtadas, dos edifícios muito altos esventrados de tecto, de monumentos como aquele feito de tubos que encontrei em Suomi - Onde é? E se te calasses?... - é sempre um deslumbramento. Mesmo que seja um deslumbramento triste. Sim, a sedução, o encantamento e a admiração, também podem vir com a tristeza.
Nessa posição, deitada, de baixo para cima, nos intervalos da oliveira, o céu surge-me como uma enorme cúpula. Para mim, e sem que faça qualquer associação mística, há algo de protector nas cúpulas. Um afago, um abraço, um quente de pele. Os abrigos são assim.
Oliveira | Barragem de Belver | Setembro 2016
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