Fez-se


Por conta de coisa alguma.
Só estava ali.
No momento certo.
Na hora errada.
Sentindo que nada restava.
Que nada era da forma ou
maneira que poderia ser.
Sendo tarde.
Ou cedo demais para amar.
Procurando por um sonho.
Tentando entender o que se queria
nesta vida.
Mais não se fez dessa forma.
Nem de qualquer maneira.
Um dia chegou a sentir a sua
própria morte.
Só não viveu a mesma.
Nem tentou outra vez.
Invadiu um espaço.
Quis entrar no sonho que não
existia.

Mais esteve perto da mesma.

Sendo discreto.

Sendo o vazio em sua alma.

Mais amou.
E com esse seu amar aprendeu
a ser.
Muito ou pouco.
Que pena que tudo se fez.
Mesmo por um segundo.
Ou por minutos que não
terminavam.

Assim foi o inicio.
E também o seu fim.
Apenas querendo amar.
Apenas querendo ser entendido
por quem se fez.
É apenas um contar da
história que termina sem um final feliz.
Não continua na tristeza.
Não se mantém na alegria.
Perde-se no sofrer.
Confunde-se com o sorrir.
E muda.
É um louco descrever tudo o
que não se fez.
Mesmo estando ali tão
evidente.
Lagrimas e nada para amar.
Nem seu amor.
Nem sua indecisão.
Permanente e certo do que não
era.
Muito estava ali sendo o
vasto vazio.
Sendo o pouco que não se via.

Ainda longe de qualquer
pessoa.
Por ser apenas.
Por nada ser na realidade.
Contou estrelas no seu sonho.
Mudou o pouco que sentia de
amor para viver de pesadelos.
E assim seguiu.
Quantas vezes mais.
Ou por quanto tempo?
Essa relação não se faz
inteira.
Nem se faz meia razão.
Tudo conforme ao que se
sente.
Sendo para o bem e para o
mau.
Mesmo no estar sempre.
Então depois do silêncio
chorou.
Manteve-se lúcido.
Colheu o mal amar.
Semeou tudo o que era tipo de
grãos.
Mais nada se fez maior.

Quem dera que assim
continuasse.
Mesmo no sofrer de noites e
dias.
Ou na ilusão de cada madrugada.
Tudo e nada.
Mais esteve ali.
Sendo a forma brutal de
pensamentos.
O joio do trigo.
Mais não foi semente.

Mesmo não sendo tarde para
isso.

Mostrou-se saudade.

E se fez.

Então nada estava perdido.

Tudo tinha um motivo e nenhum
motivo.
Certeza existia e não havia
certeza em nada.
Comodidade não se fez.
Nem se sente tal.
Relativamente isolado (a) do
que era o mundo.
Perceber que suas ações não
moviam montanhas.
Nem abriam caminhos
desconcertantes, mas nisso tudo o medo permanecia.
O que fazer?
Será que existem forças para
isso?
Ou eles apenas estavam longe
de suas verdades?
Mesmo não sendo verdades
reais.
Mesmo não tendo como descobrir o santo e
esconder o contrario.

E tudo se fez em outro
pensar.

Em outra relação de desgosto.
Não havia muitos sinais de
amor ou de paixão.
Mais a solidão estava com
eles sempre.
E a cada dia que se passava
mais certo dos riscos estavam.
Ainda sendo sem amar.
Sendo sem querer continuar a
lutar por algo que não vai durar.
Muito sofrimento e pouco a
entender.
Mesmo não sendo especiais.
Dois sentidos diferentes e
tão iguais.
Ainda que nada existisse
permaneciam.
Era mais que um coma.
Mais que viver sem alma.
Nem se sentia a respiração de
ambos.
Mesmo sendo assim apenas um
conto sem sentido.
Sendo o querer mais.
E mudando para fugir do
futuro.
E se contava as pedras à beira-mar.
Contavam-se as nuvens de
chuva.
Menos o sorriso este ainda
era vazio e escasso.
Nem se contava às vezes de
que tanto buscaram um amor sem ter onde.

Mostravam que vivos estavam,
mas sem razão para continuar.
Mostraram ao mundo sem cores
que o sol não mais queimava a pele.
Que o dia de amanhã seria
pior que o vivido.
Que tudo seria igual, mas não
ao amar e sim ao não existir.

Na vida.
Nas razões de um amanhecer.
Nada mais era de fato.
Nem se fez por segundos desequilibrados.
Mais ainda assim existia
sempre outro tentar entender.
Mesmo sem motivos.
Mesmo não parecendo estarem
vivos.
Estavam?



Eis que outra questão a ser
revista por nossos pensamentos.

Outro dia e em outra
oportunidade.
Mais não naquele instante.
Se o fizeram foi por
descuido.
Foi por não sentirem mais um
amor.
Nem aquele fogo chamado de
paixão.
Perdido me crê.
Mais e daí?
São os mesmos que se fizeram
da sombra de um não querer que exista o existir.
Mudaram seus pensamentos.
Mudaram seus hábitos.
Suas conversas.

Sua vida se deixou de ser
como antes parecia.
Mais deixaram que a dor lhe
fosse apresentados como única e leal companheira.
Fez-se muito em dois que nada
eram.
Se um dia foram não sei.
E agora só o silêncio é
conveniente.

Tanta dor.
Todo o amor.
Mais não se podem querer as
lagrimas.
Nem o medo.
Quando surgirem em sua frente
não os olhe nos olhos.
E sim proteja seus mais puros
sentimentos.
Pois podem tirar de ti o que
você por muito tempo guardou.

Não deixe o medo lhe surgir
na frente dos mesmos.
Nem sinta pena de ver tais
pessoas sem uma alma.
Sem uma paixão.
Sem estar ao seu lado.
Mesmo por não fazerem jus de
tal beleza.
Mais deixe que eu continue.


Apenas que eu conte do conto
apenas.
Que segue o rumo da história
sentida.
Da paixão perdida por cantos
escuros.
Ainda no sofrer sem motivos.
Das emoções ainda sem um meio
e fim.
Que nada de forte se faça
real.
Mesmo no seu imenso vazio.
Nem ele ou ela queriam ter
este fim.
Mais continuaram.
Nem por conta do fim ou a
ilusão do presente apenas estavam a vagar sem caminho certo.
Era para ser dessa forma.
E assim se fez.
Apenas querendo que se fosse
o certo a se viver.

Mesmo depois de muito sem
razão se viveu no presente que longe sempre se fez.
Mesmo em nada do que se
poderia vier sendo apenas pessoas desconsoladas por seu amar.
No seu pequeno mundo eles se fazem como reais
e imediatos.
Mesmo que não consiga
perceber.

Mesmo que não queira que estejam
juntos ou sendo em suas almas.
Não se pode dizer não ao que
existe de inexistente.
Medo é melhor não ter.
Mais tenha insegurança
sempre.
Ainda que esteja sempre bem.
Na rotina de um pensar que
seria da mesma forma.
Quis ali conseguir continuar.
Torcendo por uma nova chance
mesmo sabendo que não teria.
E continuaram na vida.
Sendo certo que nada mais se
faria como antes.


Fez-se.
E dessa maneira seguiu-se por
todo o seu corpo.
O mesmo que agora se fazem
puro e certo das realidades.
No momento errado.
Na hora exata.
Cada fato com o seu grau de
insanidade.
Por conta de tudo o que se
viu.
Sendo os mesmos.
Fazendo as mesmas coisas.
Mais não sentindo por tanto
contar.
Do lembrar que se faz um
conto.
Sendo assim.
Ou puramente de qualquer
forma.
Decisão importante a ser
tomada.
Na fração de segundo.
No imediato instante.
A qualquer preço.
Sendo sem vida.
Sendo sem alma ou sentimento.
Por tudo de errado que se
conquistou.

Ou há para ser.

Dois.
Três.
Milhões quem sabe.
Deixar que o vazio retornasse.
E que a alma siga outro
caminho.
Diferente este sentir.
Este pensar em soluções variáveis
da existência.
Mais sendo essa certa de que
o amanhã se fará por bem.
Então seguir.
Sendo os mesmos.
Sendo por tudo o que se quer
sentir e viver.
Mesmo na solidão do amar.
Ou no entardecer que se faz
comum.
Sendo breve a espera por
noticias.
As que são boas.
E que nada nos trazem de
novidades.
Apenas seguimos por este
caminho.
Sendo sem amar.
Ou ainda com muito amor o dar
a quem nos quer por perto e dentro.
Apenas um
conto.
Fez-se.
Seguindo o destino que não
foi por nos traçado ou emendado.
Não o fizemos diferente
apenas deixamos que se tornasse assim.
Sem mais ou menos.
Sem ser elegante.

Sem ser frustrante.
Sendo de gole em gole por ti
bebido.
Devorado por sua fome que não
tem fim.
Ainda que não seja visto.
Você o tem em seus dias.
Não apenas um, mas ambos.
Assim a te darem descanso
enquanto dorme.
Dão-te lagrimas quando pensa
em sorrir.
E vive de cada fragmento de
suas almas atormentadas.
Esta é a sua elegância.
A sua maneira de dizer te
detesto.
Mais acho que elas essas
partes não se separam de seu corpo.
Como você não pode se separar
da sua mente.
O transito é verdadeiro e
continuo.
E sabe que não existe mudança
em seu sentir amor.

Mesmo não tendo um coração
que sente o sangue correr por suas veias e artérias.
A mudança se faz em pouco
tempo.
E tempo algum vai mudar o que
você sente.
Seus sentimentos não fazem
parte da melhora.
E a solidão não te deixa ser
outra pessoa.
Mesmo quando se cansa.
Ou quando acha que tudo esta
resolvido.
Mesmo assim.
Cada ser é uma roda que pode
ser realmente útil ou inútil ao ponto de vista de outros (as).
Ainda assim não se deixaram
ser.
Nem mortais.

Nem absolutos na sua
compreensão.
Simplesmente estavam.
Simplesmente deixaram que
fosse.
Na mais horrível forma.
No mais cruel dos
sentimentos.
E queriam continuar.
E deixaram se fizer por esta
magnitude desmembrada da face humana.
Sem amor.
Sem teor.
Sem igualdade.
Sendo assim.
Por conta do querer.
Por causa de você.
O padecer não era simples.
E suas almas não estavam tão
perdidas.
Mais não podiam amar.

Nem mesmo ser sendo qualquer
sentido.
Tudo tinha por que e razão.
Mesmo que a razão estivesse
escondida entre o hoje e o abstrato.
Não da pintura e sim de seus
atos.
Sem que haja sentimentos.
Sem mostrar arrependimentos.
Apenas sendo do duvidoso.
Ao sem senso.
Acreditando na possibilidade
de existir.
Em você.
Em tudo o que se pode e deve
existir.
Na paixão um sinal.
Na ilusão outro.
E no querer amar apenas o que
sobrou.
Do céu.
Do inferno que fizeste.
Sem perdas ou ganhos.

Os dois sentiram sem que nada
viesse para ajudar.
Nem anjo.
Nem demônios a sua volta.
Apenas a questão do sentir.
Talvez pena do que perderá.
Ou do que não tiveram a ser.
Seguiu então o conto.
Como outro.
Sendo o mesmo.
Admirado por alguns.
Seguidos em partes.
Mais existindo.

Sempre.
A cada suspirar que se faz em
seu anoitecer.
E no amanhecer.
Sem palavras.
Sem rimas forjadas.
Apenas o natural.
O existido por ambos.
Sem segredos.
Sem rupturas destruídas.
Mais uma vivida a de ser
falta de espírito.
Então entender.
Por que se deve?
Não se pode!
Apenas se vive.



Alexandre Marcondes.

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joao_euzebio
Olha Alexandre você fez um poema especial ao amor a dor a saudade misturou tudo e deu nisso um belo poema. Parabéns
04/agosto/2012

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