ERIMAR LOPES

ERIMAR LOPES

Mil Santas palavras constroem, mas as ditas malignamente corroem e, se são fracas as bases, a essas destroem.

1971-05-10 Frei Inocêncio-MG
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FAVELA

Na face do fácil há laço e ardil, na classe de baixo misérias a mil, no rosto de mosto desgosto se viu, na alma com trauma que embriagada caiu. Na floresta que resta tem festa bancada, há pobres que bebem e dormem em calçada. O luxo do lixo é lixa engrossada, o limo que lima a classe de classe folgada. No limbo o cachimbo prima a boca, a fome que consome e ela está sempre oca, que na labuta conduta do pobre se cobre, da miséria tão séria e louca. Um menino felino sem leite, mofino triste resiste ao destino, na crença desavença que vença o impostor, por comida, pela vida, pela droga do remédio, por algum valor, e não cresça no tédio vendo do alto os prédios, e o mundo não seja uma bandeja que sempre veja na televisão, onde o lixo é luxo e os sentidos alimentam o fluxo da imaginação.

Ipatinga, 04/05/2019
Erimar Santos
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