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danieldocas

danieldocas

Um pessoa qualquer fazendo o que todos nós fazemos, falando com as palavras as dores e amores causadas pelas pessoas e seus mundos.

1997-12-18 Rj-Teresópolis
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Alguns Poemas

Escultor de nada

Era um grande escultor
Das maiores almas cantadas
Almas amadas que foram abandonadas

“-- Ora se não é para largar, então por que tomar?”

Ele não quer ter nada, por isso faz tudo virar nada.
Para ele não precisar ter tudo, se desfaz de tudo.
Um dia você é seu mundo e no outro nada.
Quando alguém faz você acreditar que você não é nada.
Ele quer te mostrar que sendo nada não vai se machucar
Sendo nada não tem expectativas, sendo nada, nada acontece.
Por isso ele sempre vai voltar, ele não vai desistir.
Só que a pergunta é:  Você vai querer ser nada? Ou tudo de alguém?

Danilo e Douglas Ducasar

Malditas rosas!

Eram as rosas, só poderiam ser elas!
Quando eu te conheci te entreguei elas para parabeniza-la pela iniciativa
Você disse que queria me ver depois e eu quis me afastar
Essas histórias eu já sei o final que sempre ocorrem
No final das contas senti o peso da culpa de ter dito não e voltei atrás
Logo juntos estaríamos naquela lanchonete com uma flor de papel
Como sempre falaria do mundo e você mostrava me querer
Antes da estrada separar suas palavras mostram o desejo
E naquela mesma noite sua mensagem me chamou
Sem tempo fiz um novo roteiro para encontra-la
E nessa vez cai em sua armadilha com suas palavras
Foram sussurradas em meu ouvido com um tom gostoso
“Eu te amo”
Naquele instante você me amarrou e com certeza me quebrou
Quando doente me preocupei, quando precisou estive.
Só pedi para que falasse comigo
E quando lhe entreguei a rosa depois da cirurgia
Sem mais e menos você não falou
E nunca mais falaria comigo
Logo que você morreu...
Foi a ultima rosa.

Danilo Ducasar

Posso ser um mau poeta
Um péssimo ser humano
E tão imperfeito ao mundo
 
Para um poeta sempre lhe falta palavras
Ou saber lidar com a verdade que se torna tão amarga
Ele é péssimo porque quer, ele é péssimo porque sabe.
Sabe de menos sobre o mundo, mas escreve demais.
 
Por isso tão errado séria sua escrita, por não ter fundamentos.
Falsos ensinamentos e grandes constrangimentos.
Por serem obras tão genéricas quanto a sua maldita genética.
Que faz essa dor nunca acabar, esse escrito vai ser seu legado.
 
Junto de todas as outras mentiras que não seriam vendidas.
Eram somente para serem sentidas, como as palavras.
Que são manejadas pelos grandes mestres, falsificadas pelos mentirosos.
Pois sabem que a vida não é como quer, então se escondem medrosos!
 
Eu sou um medroso? Talvez seja um pouco rancoroso.
Escondendo o mundo a maldita verdade com vários discursos.
Guardando fragmentos de cada pedaço da singela dor
Dizendo que um dia vou achar seu valor.
 

Minhas mentiras...

Entre os piores erros
Existe os devaneios
Que forçam a imaginação
Brincando com a emoção
Gerando o pensamento: e se?
Como se algo existisse
Mas realmente
Sabemos que alguém mente
Brincando com o coração
Alterando a situação
E acabando com a razão

Fome

Tudo se vai
Ele passa tanta fome quer cmer de tdo.
Come o mudo e sas palavra
Pra tetar acabr cm angsti
Rst smnt
FOME!

Poeta e seu mundo

Um olhar amargo para o mundo, suas mãos estariam sujas, mas o que poderia sujar suas mãos? Talvez a perversidade do mundo... Talvez o simples fato de você não conseguir se vir mais.

Quando o espelho se tornou tão turvo? Perguntaram-me o que é ser escritor, me perguntaram o que é amar e só respondo abdicando parte de mim, abdicando os prazeres que as pessoas gostam tanto para continuar essa arte.

Quanto mais cresço, mais o poeta se afoga nas sujeiras e sempre vai ao fundo desse mar em busca de alguma coisa tão profunda que me mantém vivo, então lá no fundo ele encontrou um espelho e o leva a superfície, então olhou e viu, era um poeta do mundo que não abdicou de uma coisa... Quando em seus olhos lembrou-se dos olhos castanhos claros, quando olhou sentiu o coração pulsar e se lembrou de que ainda não perdeu a fé no amor idealizado.

Quando o mundo o obrigou a sujar os outros ele se sujou, quando o mundo o batia não revidava e levantava , enquanto se afoga sua consciência desperta do profundo vazio que vai cair... Por instantes tenta sair, pois depois de anos naquele profundo vazio, não podia deixar voltar ao seu antigo pesadelo.

Hoje está vivo e amanha faz questão de estar melhor do que hoje, esse era o poeta vive em seu mundo e todo dia sobrevive dele, pois quando abriram às portas a sujeira entrou e agora só lhe basta saber lidar com ela.

Sonhar ou tentar

Não era sobre o material
Nem mesmo o real
Não tinha haver com o banal
Talvez um pouco do Karnal
Um pouco ideal
Sendo até anormal
Mas quem nunca sonhou
Sempre desejou
Infelizmente não almejou
Por isso se aprimorou
Então entenda que ao errar
Foi porque teve que tentar
E ao acertar
Se lembre de que foi de tanto praticar
Talvez um dia o sonhar
Venha a se realizar

O vento que foi e agora sou

Os ventos passariam diante seus olhos
Carregados com o fardo da vida
Se lembra daquele dia que você deveria ter feito
Mas não conseguiu fazer
Se lembra do dia que queria descansar
Mas não conseguia por ter que continuar
O pior de tudo foi quando você amou
E a pessoa recusou
Depois disso você deixou o vento te levar
Para onde? Eu não saberia, só sabia...
Sabia que um dia tudo acabaria
Mas infelizmente aquilo só foi o começo
Dizem que só doi no inicio, então porque ainda sofro?

Lunático

Sorte seria não pensar da forma que penso.
Não ver o mundo do jeito que vejo.
Pois cada vez perco o senso.
E mais sinto que invejo.
 
Invejo conseguir ser tão natural.
Coisas que acho tão banal.
Ligar aqueles pontos.
Em coisas que não são meros sonhos.
 
Um pouco menos de loucura me faria bem.
Só que sinto que a razão não vem.
Isso me faz ser apático?
Sei que faz ser um pouco lunático.
 
Pois gosto de brincar com o ser
Que não consigo ver.
Logo que a mentira se veste.
Verdade se esquece.
 
Mundo bastante normal
E eu sou um bom anormal.
Fingindo ser casual.
Sendo algo mais do que visual
 
Por isso jogue suas malditas pedras.
Vindas juntas das suas boas rezas.
Para que a noite você faça os bons costumes.
Não espero que mudes.
 
Espero que faça rápido.
Não seja nem um pouco ríspido.
Em acabar comigo
 
Enquanto me chama de amigo.
 
Temos que preservar as tradições.
Logo que não importa as lições.
Se não lugar aqui para mim.
E você insiste em colocar um fim.
 
Então sejamos os mais justos.
Eu me faço de vilão.
Assim nunca serão os sujos.
Com isso dei fim à solidão.

Olhos Perdidos

Teu olhar vejo luxuria
Em uma alma angustiada
Escondida entre a beleza
Sendo agravada pela avareza

Desejada de natureza
Pelas curvas traçadas
Das mais cobiçadas
Vinda da maldita safadeza

Grite comigo a resposta
Mas não se deixe exposta
Quero-te de espírito e alma
Não de corpo e carne

A vida vai ser esvair
Cascar irá cair
E quem vai vir?
Alma ou angustia?

Danilu Ducasar

Ver também

-
danilo_ducasar
Muito obrigado mesmo <3 Eu parei por um tempo, mas devo tentar voltar e quando eu tiver tempo vou dar uma olhada em seus textos! Forte abraço Kazui !
04/fevereiro/2019
-
amor99
Me tornei fã de teus poemas <3
03/fevereiro/2019

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