Buscar na natureza, na razão, na loucura
Alguma ou qualquer explicação
De porque perdi o amor que tanto procurei
É querer achacar a vida
Malgrado atinar
E de nada resolver
De não poder ter suportado que havia vida
Antes de minha vida ela ser
Perpetuamente, imaginava, sonhava
Sonhava como serias tu
Idealizava toda mi vida
Sublime
Hasta que antanho chegaste de surpresa
No momento que menos imaginei
E se exequível pudera
Sobejaste plenamente minhas utopias
Todavia, atualmente
Segue encalços de água
Que tangenciam meus olhos
Pranto
Pranto que eclode
Dantes unicamente de saudade
Presentemente de remorso
Aflição, pesar e dissabor
Agora
Devo fiar
Fiar que tudo se integra a um fito mor
Meramente para alentar-me
Pois sei
Que jamais amarei dessarte
Mesmo que me diligenciasse
E diligenciarei
Por fim
Só me sobeja lamuriar eremítico
De nossas lembranças
Que cada dia esgueira-me mais
E aceitar
Que asteismamente
O platônico amor provou-se factual
Somente para platônico revir a ser.