Alguns Poemas
Biografia
Videos
Livros
Clemente Rebora nasceu em Milão, em 1885. Começou a publicar seus poemas em revistas como a importanteLa Voce (1908 - 1916), que foi editada, entre outros, por Giovanni Papini. Através dessa revista, viria a publicar seu primeiro livro, intituladoFrammenti lirici (1913), antes de seguir para as trincheiras da Grande Guerra, na qual seria gravemente ferido. O segundo livro viria apenas naquele que já foi chamado de "ano milagroso" do Modernismo Internacional, intituladoCanti anonimi raccolti da C. Rebora (1922).
Em 1928 passaria por uma intensa crise religiosa, que o leva a converter-se ao catolicismo, algo que o liga a Murilo Mendes, ainda que este último não tenha, como Rebora, ingressado na vida eclesiástica. Continua seu trabalho poético, mas deixa de publicar, concentrando-se em sua obra como pregador. Apenas em 1947 voltaria a reunir poemas em livro, com o volumePoesie sparse. Trata-se de um daqueles poetas que "saem de cena", ainda que tenham sido protagonistas fundamentais para a poesia da primeira metade do século em sua língua.
Em seu volume de ensaios, organizado por Maria Betânia Amoroso, Berardinelli parte da crítica e questionamento do que ele chamaria de "jargão da modernidade", através da leitura do trabalho de Hugo Friedrich,A estrutura da lírica moderna (1956), para fazer uma releitura do cânone modernista e questionar, a partir da história da poesia moderna italiana, a ideologia que passou a ditar quem deveria ou não ser lembrado nesta narrativa de cunho ideológico, tentando mesmo inverter os valores que nos levam a considerar certos poetas "cosmopolitas" e outros "provincianos". Sobre este poema de Rebora, Berardinelli escreve:
"Rebora congestiona expressionisticamente: violentas rimas emparelhadas que martelam, repentinas inflexões do verso que se torna de uma eloquência alucinada e dramática (dois decassílabos no início e uma série cerrada no final, apenas interrompida por um angustiante senário duplo: `E non muore e vorrebbe, e non vive e vorrebbe´). Ele tenta animar com alegorias morais a matéria inanimada, lotando a poesia de formas verbais incomuns e muito dinâmicas. A modernidade se revela como inquietude da matéria, luta entre matéria e espírito, drama onipresente da encarnação, como se nos encontrássemos sempre num estado pré-natal ou pré-agônico, segundo a ideia de uma contínua proximidade entre morte e renascimento."
Maurício Santana Dias consegue recriar este poema, que se baseia tão fortemente em seu ritmo e sonoridade, contextualizando-o para o leitor brasileiro, com um texto em que a sintaxe, mais que a busca do torneio da bela frase, reproduz o movimento ferroviário de repuxos e arranques.
Berardinelli discute em um dos ensaios do livro, intitulado "Quando nascem os poetas modernos na Itália", a quem deve a primazia do adentrar na modernidade poética, questionando a ideologia que levou a historiografia da poesia italiana a dedicar esta honra aos poetas herméticos, como Ungaretti, Montale e Quasimodo, por responderem de forma confortável à mesma ideologia que guiava a historiografia da poesia modernista internacional, mas somente aquela escrita sob o signo da negatividade, a tradição de Mallarmé e Valéry, e de certo cosmopolitismo de caráter abstrato. Aqui ele retorna à crítica das lacunas do sistema unitário e narrativa histórica criados por Hugo Friedrich em seuEstrutura da lírica moderna. Essa discussão teria implicações interessantíssimas para uma discussão da historiografia da modernidade poética brasileira, questionando e discutindo a primazia ideológica doGrupo de 22.
No entanto, o Brasil teve uma relação bastante distinta com a ideologia crítica internacional, pois a preocupação com a fundação de uma poesia nacional levou os brasileiros a escolherem o "provincianismo" como valor positivo. Reside aí muito do desconforto, por exemplo, da ideologia tradicionalista doGrupo de 45 ou de ideólogos tradicionalistas mais recentes como Bruno Tolentino. Os poetas do Grupo de 22 escolheram e quiseram ser provincianos e locais, como os poetas que Berardinelli louva ao longo do seu livro (como o italiano Umberto Saba e o espanhol Antonio Machado) e, ao mesmo tempo, vanguardistas como os "cosmopolitas" Blaise Cendrars e F.T. Marinetti.
Outra comparação interessante, no entanto, seria histórico-cronológica. Berardinelli afirma estar convencido "de que os poetas que efetivamente inventaram a poesia moderna italiana nasceram todos entre 1880 e 1890". A alguns parecerá um exercício supérfluo, mas vejamos que poetas brasileiros nasceram nesta década e que paralelos poderíamos traçar a partir daí: Manuel Bandeira, o "São João Batista do Modernismo brasileiro", nasceu em 1886. Além dele, temos apenas Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida, que nascem ambos em 1890; os outros protagonistas do Modernismo pregado pelo Grupo de 22 nascem ao longo das duas décadas seguintes.
Naquela década, temos outros poetas modernos (mesmo que não "modernistas") chegando ao país e mundo: Augusto dos Anjos nasce em 1884; Pedro Kilkerry em 1885; Marcelo Gama e Maranhão Sobrinho, se esticarmos um pouquinho as datas, em 1878 e 79 respectivamente; sem nos esquecermos de um prosador como Lima Barreto, que nasce em 1881. Façamos um pequeno exercício agora, de meninos e meninas malcriados, e esqueçamos o que aprendemos na escola: imaginemos uma historiografia da modernidade poética brasileira que não dependa de escolas literárias (sempre em comparação com as europeias oficiais) e autores que as descrevam, ou o que Dirceu Villa já chamou de "ideia canônica & antológica do típico". Vamos imaginar umaPoesia Moderna Brasileira em que jogam estes protagonistas como fundadores: Manuel Bandeira, Augusto dos Anjos, Pedro Kilkerry, Marcelo Gama, etc. O trabalho de Augusto dos Anjos, em seus melhores textos, como "Monólogo de uma sombra" e "As cismas do destino", pode ser colocado ao lado dos poemas de qualquer expressionista germânico. Algo semelhante pode ser dito sobre Bandeira e Kilkerry, por exemplo.
No entanto, tentemos ir um pouco mais longe no exercício: imaginemos uma literatura moderna que acabe por ser fundada não por autores que nasceram naquelas décadas, mas que já estavam publicando naquele momento. Já não teríamos uma poesia e literatura modernas quando, entre 1881 e 1902, vêm à luz trabalhos comoMemórias Póstumas de Brás Cubas (1881),O Guesa (1884),Faróis (1900),Os Sertões (1902), sem mencionarmos trabalhos inclassificáveis como aEnsiqlopèdia ou seis meses de uma enfermidade, seguida de toda a produção de Qorpo Santo, até sua morte em 1883? Não haveria muito mais continuidade do que ruptura entre estas contribuições todas? Além disso, se contribuímos para uma literatura periférica, como já se insistiu tanto na crítica brasileira, de que maneira funciona a dialética entre cosmopolitismo e provincianismo entre as obras de autores como Machado de Assis e Joaquim de Sousândrade e as obras de Manuel Bandeira e Oswald de Andrade?
--- Ricardo Domeneck
I Vociani || Rebora, Sbarbaro e Campana
CLEMENTE REBORA il poeta
CLEMENTE REBORA- DI LUIGI BONESCHI- 1^ parte
Clemente Rebora. L'espressionismo vociano in "Voce di vedetta morta"
"Voce di vedetta morta " Poesia di Clemente Rebora. Lettura di Diego De Nadai
Clemente Rebora - Dall'immagine tesa (voce di Franca Nuti)
CLEMENTE REBORA 2- DI LUIGI BONESCHI
Clemente Rebora - Due poesie
Clemente Rebora L'Immagine Tesa
CLEMENTE REBORA - Dall'immagine tesa
Motta, Dei, Valduga, Cucchi, Napoli - Clemente Rebora. Poesie, prose e traduzioni
O carro vuoto sul binario morto di Clemente Rebora
I “Canti anonimi” di Clemente Rebora
"Viatico" Poesia di Clemente M. Rebora. Lettura di Diego De Nadai
Clemente Rebora - Marzo lucendo nell'aria (voce di Roberto Herlitzka)
"Viatico" Clemente Rebora
STELLA MIA CLEMENTE REBORA
Roberto Cicala "Da eterna poesia. Un poeta sulle orme di Dante: Clemente Rebora"
CLEMENTE REBORA i testi
Letture di Clemente Rebora
Poiesis - Clemente Rebora
Stella mia: analisi della poesia di Clemente Rebora
.Premio Europeo Clemente Rebora 2017. Tutti i 4 eventi reading del" In cammino verso la Pace"
Un poeta sulle orme di Dante: vita e opere di Clemente Rebora - reading
La storia editoriale di un poeta: Clemente Rebora
Clemente Rebora poetry
CLEMENTE REBORA 3- DI LUIGI BONESCHI
"Dall'immagine tesa" - Poesia- di Clemente Rebora . Recitata da Diego De Nadai
"Voce di vedetta morta " - Clemente Rebora - Interprete Sergio Carlacchiani
Dall'immagine tesa di Clemente Rebora
Viatico di Clemente Rebora
CLEMENTE REBORA
CLEMENTE REBORA 4- DI LUIGI BONESCHI
Clemente Rebora. Un documento inedito sui versi "Dall'imagine tesa"
Via Clemente Rebora
Clemente Rebora: "Voce di vedetta morta"
Dall'immagine tesa di Clemente Rebora
PREMIO EUROPEO CLEMENTE REBORA 2017- 7 Ottobre 2017 - 4° evento Busto Arsizio ( Va)
Clemente Rebora, "Dall'intensa nuvolaglia" - lettura
Video Via Clemente Rebora P1
DALL'IMMAGINE TESA ♀ Clemente Rebora
Auro Pasqualini legge Clemente Rebora ''O carro vuoto sul binario morto'' (1913)
Un poeta al fronte: le tre diagnosi di Clemente Rebora
VOCE DI VEDETTA MORTA - Una poesia di CLEMENTE REBORA musicata da Joe Natta
Quadrilocale Via Clemente Rebora, Lecce
Clemente Rèbora Ca' delle sorgenti
MODICA, II^ EDIZIONE DEL PREMIO EUROPEO CLEMENTE REBORA
Dall'imagine tesa - Rebora
Dall'imagine tesa - Rebora
Primavera di Clemente Rebora