Penso dor
Amarílis morreu
E eu aqui
Com essa tosca bagagem de palavras
Tendo que negociar com a dor
A morte quando faz uma visita
Não rega as plantas com água
Não faz flutuar os incautos que procuram por beleza
Não sublima nada em seu abraço
Apenas arranca um pedaço de alguém
E joga longe...
E o de dentro ateia-se em fogo morrente
Coração
Que quer parar de bater
Que quer dissipar nuvens chovendo compaixão:
Ela apenas desviou o rio
e travou o riso
Brota
A lágrima silenciada
Mente
A dor não é quase nada
Sonha
Ainda não estar acordada