Adriano Moreira

Adriano Moreira

1969-09-08 Caxias do Sul
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Alguns Poemas

NAU II O SOPRO FINAL

















... Negro vento a flor semeia

a rosa torta da alma acesa

toca o vento com sonora alegria

acaricia a tez com tortas linhas

crepusculando nos faróis da imensidão

corta o mar a nau turbamulta

morre o sono no albor da aurora

velhos sonhos a bramir acordes

negro vento a alma soterra

cortam meu corpo as águas da memória

ficam âncoras nos ciprestes

minha quimera entorpecida e revoltosa

rasga o vago céu que acoberta-me a pele

velho corvo indigente e opulento

rasga o silêncio ficcionista e abutre

adentrando em Minh 'alma

como um sonoro e palpitante canto ecumênico

nau de utopias vociferadas e feridas











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mar a adejar velhos sonhos

oh! Lesa ave, abutre infiel

corta o bramido da ilusão sem par

o sono trai-me a alma

no elevado cume do mar azul

óh! Negro vento na negra noite

na noite negra da umbral saudade

sussurra ó vento opulento

tua insânia desvairada e perene

meu corpo permuta desejos

óh! Amor levo-te a flor

que aflora em meu nobre coração

os portos exalam abençoadas saudades

meu beijo corta a longínqua e fria solidão

ao encontro de tua face dourada

rósea face no albor da vida

rósea vida no albor da face

nada vejo no mar que engole-me a alma











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somente a fome do meu desejo insano

teu corpo reduz-me a amargura

que vejo nessa triste figura de meu pensar

óh! Negra noite que permuta sonhos

sonoro vate no negro mar da noite negra

vai arauto pombo e leva minha mensagem

sou vate que te doa o poema e a alma

nesse prefácio de eterna demora

aqui estou no infindo mar

a mercê da consumível e infinda saudade

óh! Clamor que pulsa em meu peito

óh! Labor execrado e leso

meu corpo submerso em prantos

minha face gélida e saudosa

busca-te incessante sob a água turva

náufrago de pesada rosa convalescida

óh! torta e funesta saudade

que pesa em meu coração como pedra congregada











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óh! Negra noite a tolher desejos

óh! Desejos a romper a noite

leva-me o beijo a doce e meiga amada

que espera-me ao albor da aurora

vai arauto em voo alto

com elã epopeico e vistoso

como uma fênix a ressuscitar das cinzas

como um elo a enlaçar desejos

como um facho a enlaçar amor

óh! Negra noite de efêmeros desejos

óh! Límpido etílico vasto e intercalado

óh! Noite negra que a nau consome

devora a saudade abundante e voraz

deixa tempo... deixa vida

num momento tão fugaz

vasta utopia, vasto lembrar

meu beijo viaja ante a névoa

para tua face rósea tocar...































































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joao_euzebio
Quero parabenizar pelo lançamento do livro fico muito contente que tuas poesias sejam gravadas para sempre em paginas que na certa ficaram na eternidade de nossos sentimentos que você seja muito feliz junto a tua família pois você merece Parabéns amigo
05/maio/2012

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