Adriano Moreira

Adriano Moreira

1969-09-08 Caxias do Sul
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OFÍCIO DE UM POEMA

...As sombras vestem-me,

desse imenso e umbral destino.

Deixa-me na exatidão do teu corpo,

penetrar como poema desvairado,

extraído do exímio poeta.

As noites dos cães fogem como sombras,

ladrão no deserto do meu ser,

o lascivo conto do encanto.

O desamor morre como um velho momento,

no ócio ofício de um retumbar.

As paginas do destino abrem-se,

como suave alento que vem de dentro.

As asas brancas da paz,

sobrevoam as sombras inundadas de pólen.

Amiúde as utopias variáveis como um cálice,

o sono grita em minha mente,

as sombras assomam em meu corpo,

no umbral e colossal destino,

cântico de um velho pássaro.

As sombras escuras no branco do papel virginal,

mostram-me a saudade incontida,

que retida ficou no ofício de um poema...

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