Christian Siqueira

Christian Siqueira

19 anos, nordestino e apaixonado por poesia. - Ao usar algum poema de minha autoria dê os devidos créditos, se possível comunique-se comigo.

1998-03-03
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Alguns Poemas

RETRATO SUJO


Meio que citando vários poetas alheios
Somos recreio de uma fase de felicidade interrompida,
Fomos criados do pecado, somos matéria esculpida.
Sintoma é grave, várias portas abertas e todas elas têm chave.

Escrevo em pergaminhos letras que o vento levou como uma ave.
As desventuras vividas e não contadas por cada Zé de esquina
Torna mais forte a esperança na medida que vem a neblina,
O futuro revelado é o passado na história que não declina.

Fadiga, cansado, no olhar do pescador que vive marejado
Esperando a ordem de jesus para jogar a rede para o outro lado.
Cada esquina conta o que ninguém quer escutar,
Indiferentes, a esmos, crentes com medo no olhar.

A vida é insaciável, as ruas fazem hora para tragar,
Traga mais um para contemplar, no beco da folia a folia levar.
Vai, foi... mais um por bala, por droga, por mina,
Por grana, inclina a cabeça e volta para rotina.

Político empacotado entra no carro chega a ter indigestão.
Calma, que não tem mais volta, esse a gente parcela no cartão.
Tristeza é banzo, vida sofrida,
Muita vivência para pouca avenida.

Labuta diária, o sol nasce mais cedo, tarrafa na costa.
Olhar frio sem medo, sobe a temperatura, dobra a aposta.
Os olhares de bichos afoito consomem o que consomem o rim,
Cada canto tem um gênio perdido ou matemáticos de botequim.

O asfalto ferve, filmo cada ação que minha mente descreve;
Monetizar é sobreviver, viver é não esfriar como a neve.
Notas não aquecem, os morros brancos refletem ouro raro,
Caminho, sente o pigarro busco algo genuíno, canso, respiro e paro.

Quero um amparo como de um colo materno, me parece difícil;
Na falta promete, finge que faz e repete tudo vira comício.
Comemora o que é de direito procura respeito e ver que se foi,
Junto com sua moral as telhas o tijolo tudo, aplicado nas cabeça de boi.

Engravatado de terno seduz sua lábia, aumenta o conflito interno.
Vivência sozinho, no veneno da vida cresce mais um sem amor paterno.
Papo cabeça, conversa de visão está faltando, ser mais um eu não quero.
Os problemas se resolvem sem bula, sem receita, o nosso marco é zero.

Manhãs quentes, noites são frias, almas se fecham em bares abertos.
O medo arredio, oportunidades escassas formam gênios não descobertos,
Cada história contada pela boca de um senhor que não morreu
Mostra o amor no peito de um simples morador que aqui já viveu.
Josemar Barboza da Costa
Prezado Christian Siqueira, adorei esse poema que você escreveu. Tenho um podcast de poesias onde recito poesias de escritores consagrados e de poetas nem tanto conhecidos , assim como você e eu. Vou recitar esse poema de sua autoria e lhe darei os créditos como já é de costume pra mim. Meu zap de contato é 87 9 99425244 , caso queira se comunicar comigo. Um abraço.
30/março/2023

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