Davi Campos21

Era noite, fazia frio e lá estava eu procurando uma flor, em um grande e belo jardim.

Me deparei com várias de cores diferentes, algumas tinhas espinhos, outras não.

Mas todas elas não tinham cheiro agradável. Estava indo embora, quando meus olhos viram a flor mais especial presente nessa terra.

O seu cheiro até hoje, brota em minhas narinas, sua bela cor e o mais importante, a linda flor era diferente.

Desde então, nunca me separei dessa obra-prima de Deus.

Se tivesse apenas 1 dia de vida, passaria minhas últimas 24 horas te admirando. Pois vendo o brilho do seu olhar e suas covinhas, perderia o medo da morte.

De ti sinto falta, sua presença acalanta-me o coração. O teu corpo me conta segredos e sua voz, ao chamar por meu nome me faz o único ser vivo, capaz de ter a felicidade genuína e minha felicidade começa com a letra G.

Seus belos cachos, deixam-me admirados e percebo que: Deus existe sim. E esse mesmo Deus, nos presenteiam com alguns de seus anjos. Meu amor, tu és a prova que o Autor da Vida vive.

Como será o nome disso? Alguns chamam de sentimento, outros de dom, mas não consigo explicá-lo. Me torno um iletrado falando do que sinto, torno-me pequeno diante do que tenho em meu ser. Contudo dedico a ti, tudo que não consigo descrever.

O dia parece brilhar mais que o normal. E certamente, as sombras não existir pelas próximas horas.

Hoje duas pessoas irão se tornar apenas uma. Carne da mesma carne, ossos dos mesmos ossos.

E o atrasado tradicional da noiva, não pode deixar de existir. Até porque, somos a moda antiga!

Os pais estão chorando. A mãe chora como na primeira vez que pegou seu filho no colo e o pai chora da mesma forma quando seu time perdeu a final do campeonato.

O amor está o ar, nos ventos, na brisa e no ansioso coração do homem mais feliz daquele dia.

E quando os músicos enfim tocam a tão esperada marcha. A sinceridade no olhar do noivo se torna luz no coração da noiva. Que ao vê-lo, lembra da primeira vez.

Lágrimas dela, lágrimas dele. Lágrimas dos convidados e dos parentes e amigos.

O pastor começa a ministrar e pouco depois, concede ao casal os votos e após isso, faz a pergunta mais esperada da noite e a resposta ocoa nos corações.


Agora finalmente, eles podem se beijar. O beija acalanta a alma. Faz o povo gritar e mais lágrimas.

Aqueles que eram conhecidos, se tornaram amigos. Depois namorados. Logo após noivos e por fim, casados.

Essa é a maior e mais bela festa da vida, o casamento. Pois, ele transforma dois seres viventes, em apenas um.

Certo homem que caminha sem saber o seu destino, encontrou um longo abismo. Assustado, porém ele o admirava, mas após alguns minutos o abismo passou a encará-lo também. Então o andarilho decidiu descer...

A decidida era longa, mas com paciência o homem conseguiu chegar no seu fim. Rapidamente notou que ele estava em um vale, sem saber o que fazer resolveu caminhar.

Passos e passos, até que de repente seus olhos viram as portas do inferno e um demônio a guardava. Perguntou o andarilho:
- Quem é você?
- Eu sou você, respondeu o demônio;

A resposta fez o homem querer andar um pouco mais...

Passos e passos, até que algo oposto do que ele tinha visto anteriormente estava diante do seus olhos, as portas do céu e um anjo a guardava. Perguntou o andarilho:
- Quem é você?
- Eu sou você, respondeu o anjo;

Após a reposta, o guardião angelical foi em direção do homem e ao seu lado alguém que o andarilho tinha visto anteriormente, o demônio que guardava a porta do inferno.

Em uníssa voz eles disseram:
- Nós somos você;
O homem riu e respondou em baixo tom:
- Eu sei.

E disse Deus: Que haja o mar com toda sua imensidão azul e que haja também o rio com a sua admirável calmaria.

E assim nasceram dois irmãos, o primeiro em questão era mais aclamado entre as pessoas. Multidões se formavam ao seu redor.

Em seus dias de calma, ele conseguia com que o seu som (muito audível por sinal) ao se encontrar com sua amada, transformar pranto em gozo.

No entanto, quando a fúria o tomava conta, sua força destruía tudo o que seus olhos contemplavam. E o seu som, outrora calmo, trazia dor e choro.

Já o outro irmão, o mais novo. Era diferente, ele nunca deixava a irá o vencer. Na verdade nunca o viram em toda sua história bravo.

Sua paciência o tornavam único. Todos os que estavam nele se tornaria pelo menos durante algumas horas, a pessoa mais tranquila já existente.

Ambos irmãos nunca se deram tão bem. Aponto de seu Pai ter de separá-los. Um dizia, "papai um dia andou sobre mim", já o outro contestava, "papai estava em mim em um de seus momentos mais marcantes".

Porém, houve um dia diferente nesse planeta. Depois de milênios de anos, séculos de discussões e inúmeras desavenças.

O primogênito se lembrou de seus tempos de criança, onde seu irmão era seu melhor amigo. E ao recordar, se juntou com outro criação do Pai e choraram.

O mais jovem já tinha até se esquecido de seu irmão, aquelas lembranças do tempo de infância não estavam mais com ele.

Foi quando o primogênito tomou uma atitude nobre, e com toda sua força e amor, quebrou uma grande montanha de areia que os separavam.

Os irmãos ao se verem não precisaram dizer nada, as lágrimas talvez fosse um grande e belo pedido de desculpa.

E quando se abraçaram um novo eco sistema surgiu, uma nova maravilha da natureza e ela tinha a cor esverdeada, pois essa é a cor da nova aliança entre o mar e o rio.

Quando o vento selvagem soprar, trará consigo a esperança, que outrora traçou passos distintos do meu.

Quando o vento selvagem soprar, rogo que traga consigo um anjo! Para regar minhas lágrimas e as transformarem em uma bela árvore.

Será que estarei pronto? Será que não o temerei? Será que a minha esposa o acompanhará?

Quando o vento selvagem soprar, pretendo não estar escondido nas montanhas.

As notícias me fazem torcer para o feroz vento não tardar. Apressa-te!

Preciso ser forte! aguardá-lo-ei...

Quando o vento selvagem soprar, quero os homens sejam mais sábios e não tolos.

Quando o vento selvagem soprar, espero que as mulheres alegre-sem em dar luzes, pois as trevas estão em todos os lados.

Sonho meu de anos atrás era ser pai
Quando me perguntavam, "qual teu sonho menino?"

Em alto e bom som me ouviam dizer...
"Ser pai moço", os senhores ficavam surpresos e as senhoras se emocionavam.

O tempo caminhou, conheci o amor através de uma bela jovem de cabelos cacheados e finalmente o que mais almejava veio a acontecer.

Durante os primeiros meses, o choro da madrugada não durava nem 2 minutos, pois já se levantava o seu super pai para o consolar.

Mais uma vez o tempo vagou e no primeiro dia de aula, creio que doeu mais em mim do que nele próprio, velo chorar e clamar pelo meu nome.

E lá se vai o tempo correndo na velocidade da luz, e vinheram os dolorosos anos da adolescência...

Só tínhamos três coisa em comum, o gosto pelo futebol, cinema e o mesmo jeito de se expressar enquanto conversávamos.

A dor de um pai, é como lágrimas na chuva para um filho, porém, Deus é bom (muito bom na verdade), hoje meu querido é um homem.

E para o amado de minh'alma, desejo toda felicidade do mundo, e para sua esposa também. Pois, velo sair de minha casa para finalmente voar sozinho, é difícil.

Uma galinha não gosta que seus pintinhos, não fiquem no a prisco de suas asas, mas isso tem que acontecer com todos.

Aconteceu comigo, com você, irá acontecer com seus filhos e netos, todavia, é o ciclo da vida.

É nessas horas que percebemos que ser pai é uma honra, graça do Grande e Bondoso Deus, um título dos mais nobres, mesmo que por um tempo não seja respeitado, no final tu és coroado entre os homens da terra, pois nem todos são pais.

A notícia ruim da vida é que envelhecemos e hoje vivo numa casa pálida, sem brilho e sem forças.

Quando lembro-me da minha primeira casinha... de cor laranja. Consigo ainda sentir o cheiro que ela exalava, cheiro de vida.

Lembro-me dos meus pais, minha irmã e das nossas brigas diárias, mas quando entrávamos em nossa casa laranja, tudo se resolvia.

Lembro-me do meu quarto e dos meus livros, não eram muitos, contudo representavam muito para mim. Por tempos achei que eram os livros que me deixavam vivo, eu estava errado. Era minha pequena casa laranja e as pessoas na qual nela estavam.

A casa alaranjada foi antes de tudo sinônimo de infância, alegria e agora de nostalgia e saudades.

Quando me casei, morei na casa laranja. Foram anos mágicos. Eu sentia algo diferente da minha juventude. A casa não pulsava mais infância e sim amor.

Hoje faz 30 anos, que a casa foi vendida. Eu tinha 33 anos, e não entendia o quanto ela iria fazer falta para mim nos anos que iriam suceder a venda.

Quer um conselho? Não venda a sua casa laranja. Diga não! Abrace os momentos especiais que ela vai te proporcionar.

Não deixe a sua casa ser branca e pálida, lute com suas forças para ela sempre ser laranja.

Já se passou pela sua cabeça que aquela mulher que repete inúmeras vezes a mesma coisa, é o ser vivo que mais te ama?

Ou até mesmo, o questionamento muito breve de que se ela não estivesse aqui, tu não existiria?

Pode parecer um cliché dizer que você saiu literalmente das vísceras de sua querida mãe, mas é um fato.

Talvez não chegou no seu conhecimento que o último pedaço muitos vezes ela o desejava, mas ao ver seus olhos expressou as palavras: Pode pegar filho.

Confesso, fosse eu rei do mundo baixaria uma lei, mãe nunca morre, mas me rendo ao fato de saber que além do rio azul é o seu verdadeiro lugar.

Mães, sem ela não viveríamos. O mundo perderia o seu belo com a sua ausência. Os pássaros não cantariam com tanto fervor.

O rainha de nossas vidas herdou um dom do Adorável Deus, o amor e elas conseguem tê-lo de forma irreparável.

Mamães, pelo segunda vez me rendo, mas dessa vez é por um dito popular, mãe é mãe.