Alguns Poemas

Para sempre

Vi-te pela primeira vez no més da primavera
Foi como que um raio de sol que me iluminou a saida
Como que um acordar de um inverno gelado
Algo tão puro, tão lindo, tão doce, cheia de vida
Não sabia o que dizer, estava enfeitiçado
Parado e perdido eu não sabia quem era



Os teus olhos enfeitiçaram-me, sai do meu ser
Que encanto, que ternura, beleza esta enfeitiçante
Roubaste-me a alma, possuiste o meu pensamento
Levaste-me aos céus, fui deus num momento, quando te vi como mulher
Parei, gelei, pensei, será este o rosto da minha amante
Tanta emoção, espanto e encanto nesse unico momento



Veio a felicidade, subi aos ceus, fui um dos deuses, um abençoado
Levaste-me a loucura, deste-me ternura, era eu teu escravo aprisionado
Suspirava, ansiava por cada momento contigo, só assim era feliz
Perdia-me nos teus olhos, afogava-me nos teus lábios, vivia para te amar
Brincava com os teus cabelos, explorava o teu corpo, esse objecto de encanto
Não és mulher, és uma princesa, não és comum, és unica, foi assim que deus quis
Teu sorriso meu alimento, tua alma minha felicidade, estaria acordado ou estaria a sonhar
Nunca tal tinha acontecido, já fui vivo e feliz mas nunca assim tanto



Por mulheres como tu na antiga historia os homens lutaram guerras e ergueram monumentos
Atravessaram desertos, rios, mares e montanhas, conquistaram paises e não foram vencidos
Vale a pena pois vale, por ti, só por ti, atravesar meio mundo, caminhar sobre as chamas ardentes
Chamas de uma paixão ardente, deste fogo que arde sem se ver, de um calor que nos manteve unidos
De uma distancia que nos separou, de uma luz que se apagou, de dois corações que já foram quentes
De dois corpos que noutra hora existiam juntos, de um só amor que era dois sentimentos



O nosso fogo um dia apagou-se, como que num vento gelado, inverno maldito que me tirou o meu amor
Fiquei sozinho num canto, perguntando-me porqué, pensando nas hipoteses, procurando a solução
Noutro mundo, noutro universo ainda és minha, ocupas a minha mente, nos meus sonhos nos meus pensamentos
Basta fechar os olhos e voltas para mim, sonho ou delirio não sei, será que ainda bate o meu coração
Sonho o impossivel, procuro o que não existe, quero um dia voltar a fazer parte dos teus sentimentos
Todo o homem procura o impossivel, eu procuro a felicidade, se isso é possivel não existe dor



Olho para o futuro como que de uma praia deserta, num por do sol de fim de verão
Não vejo forma de quebrar a distancia nem de apagar os sentimentos
Não tenho como não querer de volta o teu amor, os teus carinhos, os nossos bons momentos
Pois então procuro-te a ti como um anjo procura o céu, como quem pede a tua atenção
Se um dia o mundo permitir, quem sabe serás minha, voltarei a subir aos ceus ao reino da felicidade
Moverei montanhas, atravessarei oceanos, enfrentarei demonios para te ter junto de mim
Não importa o tempo nem o lugar, nada na minha mente é impossivel, quero a tua mão, a tua simplicidade
Desejo-te, procuro-te a cada dia que passa, quero um dia voltar a amar-te assim.

O teu nome

Nos meus cadernos de escola
Na minha secretária e nas arvores
Até na areia e na neve se pudesse
Escrevo o teu nome...


Em todas as folhas lidas
Nas folhas todas em branco
Pedra, sangue, papel e cinza
Escrevo o teu nome...


Nas imagens que valem mais que ouro
E nas armas dos guerreiros do amor
Nas coroas de princesas
Escrevo o teu nome...


Nos jardins e nas praias
Nos ninhos de amor e nas noites
No eco da minha infancia
Escrevo o teu nome...

Nas maravilhas e saudades das noites
No pão branco das manhas
Nas estações entrelaçadas
Escrevo o teu nome...


Nos meus farrapos de azul
No charco de de sol que tive
Na noite de lua viva perto do mar
Escrevo o teu nome...


No batejar das manhãs
No oceano sem navios
E na montanha mais alta
Escrevo o teu nome... Carla


Na espuma fina das nuvens
No suor do meu rosto
Na chuva fria desgraçada
Escrevo o teu nome...


Nas estrelas mais cintilantes
No paleta de todas as cores
Na verdade absoluta do que é fisico
Escrevo o teu nome...


Nos caminhos mostrados
Nos prazeres descobertos
Nas caricias que lembro
Escrevo o teu nome...


Numa vela que se acende
Numa vela que se apaga
Nas minhas casas bem juntas
Escrevo o teu nome...


No fruto do amor cortado em dois
Do meu espelho e do meu quarto
Na minha cama de aconchego vazia
Escrevo o teu nome...


No meu cão guloso e terno
Nas suas orelhas peludas
Na sua pata desastrada
Escrevo o teu nome...


No trampolim para os sonhos
Nos objectos familiares
Na onda do mar que vejo
Escrevo o teu nome...


Na carne que tenho massacrada
Na frente dos meus amigos
Em cada mão que se estende
Escrevo o teu nome...


Na vidraça das surpresas da vida
Nos lábios todos fechados
Muito acima do silencio eterno
Escrevo o teu nome...


Nos refugios de amor usados
Nos meus sonhos desperdiçados
Nas paredes do meu tédio
Escrevo o teu nome...


Na auséncia sem desejos
Na nudez da solidão
Nos degraus da morte
Escrevo o teu nome...

NA saude enfraquecida
Aos riscos corridos
No esperar de saudade
Escrevo o teu nome...


Por poder de um nome
Recomeço a minha vida
Nasci para conhecer-te, amar-te
Dar-te um nome...

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