Poemas Novos

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Depressão.

Aquilo que me perseguiu por 5 meses inteiros.
Nunca me senti tão desesperada, tudo o que eu via era a morte,
a fome me fazia perder peso.
Eu não tinha esperança.
“Por que acordar?”,
“Por que comer?”
Até hoje não sei se me curei de fato, ainda sinto o vazio em minha alma.
Eu queria morrer. Enforquei-me com o lençol, cortei-me os pulsos
e os deixei sangrar até sentir-me limpa.
Devastador o olhar de minha mãe
quando tentei apagar-me com a fumaça.
Não acredito que me curei de fato,
ainda sinto o demônio pelas frestas das paredes.
Sinto-me impotente diante dos pensamentos que o demônio traz
quando minha mente está plena,
sei que nunca terei a paz,
mas eu não posso viver sem ela.

A vida é como um ciclo,
acordamos, comemos, saímos,
voltamos e dormimos todos os dias.
Não desejo espalhar a infecção aos que vivem ao meu lado,
inconscientes do que vivo e sinto.
Sorriem a mim, cegos para ver o demônio
que está sobre meus ombros a cada segundo.
Eu queria viver, eu não queria lidar com a dor
que rasgava minha alma e me esmagava de dentro para fora,
podia ver-se que, em meus olhos, eu a possuía.
Tomava meus sorrisos, calava-me o gargalhar
e estraçalhava a beleza que, aos meus olhos, não possuo.
A verdade é que aquilo calava-se
toda vez que eu me sentia suficiente a algo ou a alguém.
Nunca direi que venci a batalha contra ele,
porque eu nunca sequer a comecei.

Piadas de quem sou alguns fazem,
nenhum outro alguém me entende,
assim como eu mesma não me entendo.
Uma face de mim existe apenas
na cabeça de quem me vê, sorrindo com quem amo,
porém, ao chegar ao lar onde acordo e durmo,
sinto-me uma inverdade, uma farsa.
Dizer a alguém que possui ele em sua sombra
“Só sai dessa” ou
“Para que tanta tristeza? Você não tem motivos para isso”
só a torna pior.
Não importa se faz sol ou chuva,
tudo é escuro.

O Inferno onde pessoas más vão após a morte.
Dizem: “A pior parte do inferno não são as chamas e, sim,
a desesperança que domina a alma de quem mora lá.”
Esta é a pior parte do inferno que ele nos faz ver e sentir,
tudo escuro como a venda que sobrepõe nossos olhos ao dormir.
Nenhuma animação,
tudo o que está sobre nós é a morte.

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Entre tapas e beijos

I
Teus olhos batem nos meus
Imagino tê-la em meus braços
Caminhar até o paraíso
Me prender em teus laços
Unir com amor e carinhos
Os segredos e elos.
II
Tenho medo do futuro
Pode ser que não vivamos bem
Mas entre os momentos felizes
Pode ocorrer brigas também
Eu a tratando com desaforos
E ela me tratando com desdém.
III
Para o presente o futuro é sempre futuro
Para o futuro, o presente é sempre passado
Seu jeito de “criança inocente”
Me deixaram transtornados
O meu desejo é muito forte
Tudo, porque estou apaixonado.
IV
O namoro começou
O noivado logo veio
O casamento então chegou
Sem o mínimo de rodeio
Mais o ciúme nos levou
A um grande rodeio.
V
Onde em alguns momentos
Entre beijos e carinhos
Falava docemente
Bem pertinho dos meus ouvidos.
Espero nunca esquecer,
O sabor dos teus beijinhos.
VI
Em outros momentos
Totalmente diferentes
Era áspide de tal modo
Que sentia meu coração furado por alfinetes
E fiquei a perguntar
Por que não é paciente?
VII
Como resposta me veio a igualdade
Não sou, nem fui diferente
Tratei-a com carinhos
Com um amor que igual ninguém sente
Por está bela e magnífica mulher
Que invadiu a minha mente.
VIII
Também fui grosseiro,
Dizendo barbaridades
Chamei-a de cadela smilinguida
Mulher sem qualidades
Pensando apenas em si
E nas suas vaidades
IX
Para nada disso ela deu importância
E me encheu de beijinhos
Abrandou meu coração
E falou com sussurros e cheirinhos
“vamos hoje fazer amor
Com todos os gostos e carinhos”
X
Brigamos mais uma vez
E chegamos a separação
Foi duro e muito difícil
Suportar a solidão
De viver aqui sozinho
Longe daquela que me deu a mão.
XI
Certo tempo se passou
E daquela relação nasceu
O fruto do nosso amor
A coisa mais linda que Deus nos deu
Foi ai que percebi o valor
Do mais simples beijo que ela me deu.


XII
O perdão quem pediu fui eu
Para minha felicidade ela aceitou
Que bom é saber
Que ao normal tudo voltou
Eu, ela e nosso filho
Que do nosso amor ela gerou.

Tchoroco Záfenat
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