

AurelioAquino
Deixo-me estar nos verbos que consinto, os que me inventam, os que sempre sinto.
1952-01-29 Parahyba
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Ode aos 38 anos
apesar do tempo
já me tenho
usineiro de mim
e me convenho
na franja civil
em que já posto
gerencio alegremente
as curvas do meu rosto
sou
em todas as minhas causas
a convicção do que me falta
habito meu músculo
com o mesmo sonho
que grassa em meu discurso
e amanho meus efeitos
nas avenidas que abro
no fundo do peito
apesar do tempo
me convenho humano
trançadas as minhas esperanças
fugitivo, às vezes, dos meus planos
minha estratégia rói meu coração
com a intimidade que lhe cabe
de saber renhida a emoção
de fazer vivida a liberdade
sou quase o horizonte da minha palavra
e cavaleiro andante do que acho
guardadas as rebeliões
do meu abraço
apesar do tempo
ainda morro
e ainda nasço
e ainda assim
ainda sou
ainda humano
ainda largo.
já me tenho
usineiro de mim
e me convenho
na franja civil
em que já posto
gerencio alegremente
as curvas do meu rosto
sou
em todas as minhas causas
a convicção do que me falta
habito meu músculo
com o mesmo sonho
que grassa em meu discurso
e amanho meus efeitos
nas avenidas que abro
no fundo do peito
apesar do tempo
me convenho humano
trançadas as minhas esperanças
fugitivo, às vezes, dos meus planos
minha estratégia rói meu coração
com a intimidade que lhe cabe
de saber renhida a emoção
de fazer vivida a liberdade
sou quase o horizonte da minha palavra
e cavaleiro andante do que acho
guardadas as rebeliões
do meu abraço
apesar do tempo
ainda morro
e ainda nasço
e ainda assim
ainda sou
ainda humano
ainda largo.
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