Confissão Literária
O QUE ME FALTA É FORÇA DE CORAGEM! Não coragem ou força; simplesmente força de coragem. Faltam-me essas duas grandezas unidas assim como os irmãos siameses, como a vida e a morte, Como a alma e a literatura, o rio e o mar.
Ah! triste de mim, pois tenho tanta coragem... Exageradamente um mol de coragem para levar a vida assim como levo: Ter asas pra voar e escolher rastejar, mas sem ter aonde enfiar a cara.
Ai de mim! que tenho danadamente tamanha força Para suportar o inexorável peso da cotidianidade dos meus tormentos. O que me falta e força de coragem, exageradamente força de coragem, danadamente força de coragem! Mas como conseguir? Será que chamando vem:
_ Dona força, seu coragem..., vocês se vêem há tanto tempo, a muito se cruzam nas ruas de meus pensamentos, dividem a mesma ira de morar dentro de mim; já estão desbotando de raiva da minha moleza ,e estão cansadas das correntes que eu os ponho ,e vivem brigando para unissem, Por favor, será que vocês poderiam casar-se e viver em paz dentro de mim? Humildemente lhes peço! O que me diz dona coragem? "Posso sim, mas é claro que sim!" E o senhor, aceita sou coragem? "Ah, mas é claro que sim. Há muito tempo quero isso!...".
Hahah...! Mas é mesmo um caso para rir... Imagine se vou ter coragem para enfrentar a minha força e, força para encarar minha coragem, ainda mais as duas de vez? Só mesmo em sonho... Só em sonho mesmo! Mas... Com o que eu sonhava agora mesmo? Ah! Em ter força de coragem!
Matutando em O que poderei fazer para ter força de coragem...,... Poderei fazer tudo, pois tudo esta ao meu alcance! Mas só isso não bastaria. Certamente digo a mim mesmo asneiras, reflito sobre frases de alto ajuda que só ajudam os que não passam o que nelas dizem. _ Enquanto estou tecendo a bola de neve que vai me matar, alimentando o fogo que ira me queimar, crio eu mesmo frases inúteis de alto impacto: Força de coragem! Essa expressão existe... ?
Força de coragem, o que vem a ser isso: força de coragem...? Nada. Apenas duas coisas que preciso ter! E resolvi chamar a minha própria atenção com uma mera, imbecil e inútil frase de auto-impacto!( FOR-ÇA -DE- CO-RA-GEM)
Força de coragem...
Na verdade o que sou é um mero escravo do medo, um morto vivo afogado na lagoa dos meus propósitos, uma bactéria sugando minha própria força, treva apagando a minha própria luz, uma borracha apagando a minha própria existência, uma vida em chagas que desistiu de encontrar a cura. Não chego a ser nem um pássaro com medo de voar, mas sim um voo que chegou ao um pássaro que nunca existiu! Não chego a ser nem a vida correndo da morte! Não sei se morro logo de uma vez ou se continuo nunca existindo._ e enquanto isso a vida passa.
Poderia dizer o motivo pelo qual quero ter essa tal "força de coragem"..., E adiantando o futuro ou voltando ao passando, não me surpreendo em saber que não tenho coragem para dizer! Enfim sou muito bom naquilo que de pior faço. Mas entre outras palavras, foi abundantemente infeliz numa escolha de muito tempo atrás... Qualquer um faria uma escolha daquela, no entanto, duvido que passem fome para alimentá-la como eu passo: fome de alegria, paz interior, vitória, liberdade... Ah passado infeliz! ô presente manchado! ai que dó do meu futuro de cartas marcadas!-Coitado dele, as mãos cansadas de dar três tapinhas nas costas do meu passando dizendo que "isso vai passar"; já estão aqui cansadas esperando por ele; até as lágrimas já foram choradas por ele, só falta ele chegar parar rolarem.
Na escada da fuga fui ate o ultimo degrau, chegando lá no alto, onde já era impossível voltar atrás, construir com lágrimas de sangue, sonhos mortos e inúmeras chagas no coração mais degraus para continua a subir, subir e subir.
A alavanca que uso para fugir de situações bastante normais a qualquer um e tão poderosa que levantaria até o mundo se quisesse me esconder em baixo dele, mas situações normais a qualquer um são esmagadoras para mim. Basta uma simples ideia de vivê-las e logo a mão soa, a alma gela e inutilmente fujo, casando de fugir, da ideia, sem ao menos dar um chance para a situação acontecer. Fujo... Como alguém que fura os próprios olhos por puro temor do que irá enxergar, como alguém que se afoga por medo de morrer afogado.
Quem poderá... ! Quem poderá me explicar tanta vida perdida, tanto receio, tanto orgulho em uma só pessoa?
Tragam-me a foice, quero decepar o pescoço da minha própria vida, tragam- me a caneta da renuncia, quero riscar a minha própria historia!
Quem poderá me ajudar se renego a mim mesmo? Tragam-me, e traga logo, o relógio da morte, quero adianta os banais minutos de minha existência.
Esse momento e de pura dor, raiva, pesado; enjoado, duro: Todas as minhas derrotas e fugas atravessando o tempo e o espaço, vieram rir de mim, por outro lado todo o meu passado e futuro estão de mãos dadas enxugando as lágrimas do meu presente.
Ó vida piedade! Não vês o mar de lágrimas que já chorei por feristes assim, não vês como extrapolo meus limites por perde-te assim_ E o nojo que tudo isso me dá? Será que não te importas as florestas que queimo com o fogo da minha farsa, e os reis que poderia ter sido nos palácios da minha felicidade? Porque ficas em silencio enquanto em meu peito um coração bate, enquanto a morte roça-me o congote?...,... Não vai se manifesta? Olha que eu estou... Olha que eu estou desesperado e a primeira pessoa que passa pedirei ajuda! E isso mesmo! Vou PE-DIR -A-JU-DA. Contarei sim, ao primeiro avistado_ Se de longe gritarei bem auto para me escutar, como você joga na cara a minha felicidade frustrada, meus sonhos roubados e não sonhados; toda a sua falta de amor, como tem sido a e sinto monótona, que tenho pena de você, que desejo seu fim...
...OPA! Mas e a tal ajuda que pediria? Esquece! Não tenho coragem, ou melhor, seria dizer: FORÇA DE CORAGEM, porém diria essas poucas e boa de você, sim, mesmo que disfarçadamente._Coitada de você além de ser limitada pela a morte é limitada em mim!
A vida se pudesse sair de dentro de mim, e que contaria como sou mole, como eu a aprisiono com a corrente do medo, a maltrato enchendo o seu celeiro de frustrações as mais bizarras possíveis; todo meu descaso com ela e com o tempo que são curtíssimos, toda a minha aceitação da derrota, falta de bom censo, me tacharia ate de... Nem sei o que, mas, com certeza, bem abaixo dos vermes!
Acordei hoje com muita pena de mim... Olhei-me no espelho e vi um semblante casando..., triste; uns olhos mudos, uma boca cega, vir cicatrizes ocultas no corpo, vida e alma de aço que moldei com o tempo, sentir lamentos falar auto... No final do dia sentir-me como uma planta qualquer dentro de um vaso reles com água poluída ou vice-versa!
De repente de dentro do ultimo espaço da minha alma, sentir uma enorme aflição, ouvir gritos agudíssimos de dor, compreendi sem poder compreender o caos da minha vida, e de modo que esse fosse o ultimo momento de dela, veio como de uma pena intercalada de incógnita a pergunta: por quê? _
Não sei, sinceramente não sei!
Não sei o porquê que sempre empurrei as dificuldades com a vida ao invés de com a barriga.
Não sei o porquê que continuamente matei todos meus sonhos e desejos e seguir desejando e sonhando como aquele que mata e vai o enterro da própria vitima.
Não sei o porquê que aceitei medir foca com a covardia._ Ela honrou seu nome até o ultimo momento da batalha.
Não sei o porquê que escolhe ininterruptamente fugir e mentir ao invés de aparecer e agir.
Não sei o porquê que não ambicionei nada da vida do que não ambicionar
Não sei o porquê que pari com o meu próprio medo o filho que em tudo superaria o pai.
Não sei o porquê que cavei conscientemente sem saber o túmulo de meus propósitos.
Não sei o porquê que tudo passou e não aproveitei.
Não sei o porquê que aceito sem aceita o dilema em que estou
Não sei o porquê que corro para trás querendo ao menos andar para frente_, E entre outras citações e situações nem sei por que não sei por que, que não sei por quê.
Houve um tempo em que tudo veio assim como um rio que correi para o mar. Mentira! desde que dei conta da batalha oculta e silenciosa travada por mim comigo mesmo, sempre houve oportunidades para derrotá-la, tudo foi sempre um rio que vai para o mar_,E mesmo em plana a batalha deixei para lutar depois.
O tempo foi passando, derrotando em mim tudo que via pela frente, o inimigo avançando vida adentra, e ao invés de ir buscar reforços e derrota-lo me perdi entre o caminha do querer e agir! Às vezes deixava de ir ao campo de batalha, adiando sem querer adiar a lutar, e ficava em casa sentindo, pecada por pancada, a dor dos golpes que o inimigo me dava._ O meu agir estava, sem que eu soubesse, no campo de batalha perdi igual cego em tiroteio.
Um dia o inimigo estava tão casado de me bater, de vencer nas batalhas, e eu, inconscientemente sem querer, descansava em meio ao caos, aconteceu, depois de pouco mais de sete anos_ não sei ao certo,- a minha primeira vitória. Afinal "água mole e pedra dura tanto batem ate que fura", mas ainda bem que o tiro saiu pela culatra. Não foi fácil. Foi preciso ser derrotado como em um jogo de onze jogadores normais por 3 jogadores aleijados de uma das pernas em duas "batalhas" durante mais ou menos 3 anos cada, e entender que há vitórias que vem para a derrota e existem derrotas que vem para a vitória._Inconscientemente lutava!
Reinei durante gloriosos 96 dias, de peito aberto, no campo de batalhas. Todo eram flores, todo estava resolvido e curado. Só me esqueci que esquecia: há vitórias que vem para a derrota e existem derrotas que vem para a vitória.
Mas ai... Sem mais nem porque diante dos meus olhos feridos e de um eu abalado, todo o inimigo derrotado levantou-se e se triplicou. A força com a qual empurrei o mundo de cima de mim esvaeceu. cai ao chão, como um corpo abandona pela alma, com montanhas nos olhas chorando lágrimas de pedras. Para aonde foi àquela incalculável força que tive para lutar, aquela coragem surpreendentemente infinita que tive para lutar?_ Alguém, mesmo que fora do tempo ou espaço, pode-me dizer aonde encontrá-las que eu, mesmo depois da morte, irei buscá-las?!?
Já faz 5 anos que o inimigo é rei absoluto de minhas forças._ Estou amarrado a ele igual um elefante a uma cadeira, e ao mesmo tempo sei que não existe inimigo algum.
Existem batalhas, como a que enfrento agora, que não há batalha, campo de batalhas nem inimigos, mais o resultado dessa soma de algarismos imaginários é uma derrota real, e estou tão a mercê do inimigo, das batalhas e das derrotas, que sem medo nem um, mas com muita pena de mim, já me vejo derrotado assim por mais 5 anos, 10, 20 anos_ e assim ate a vida escapar toda de minha alma
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joao_euzebio
Você tem o dom das palavras elas brotam de sua sensibilidade como a flor brota da terra é como ler, ler e não parar com medo de encontrar o fim. Parabéns meu amigo lindo poema.
28/novembro/2011
Escritas.org
