Você grita em minha casa de oração Pede com as mãos levantadas E, muitas vezes dás o que não tens aos homens, Que se dizem pastores, servos de Deus. Você grita, lamenta, usa saias longas, Não corta os cabelos, E, o homem, num apelo, Se acha no direito de mandar em ti. Você que ora sem verdadeira intenção, Saiba que minha casa, Não é o templo repleto de ouro, Com tesouros ocultos, Ou um sepulcro em terra que se diz santa. Minha casa, é o coração e a mente humana, Que muitas vezes me joga fora, Deixando as vaidades entrarem, E eu então, bato à porta novamente. Hoje, na era contemporânea, Tanta gente se engana, Novamente a torre de Babel, Não sou surdo. Para te ouvir, Basta silenciar tua voz, e abrir teu coração, Deixe-me adentrar e explorar tua alma, Fazer reconhecer tuas culpas, Saber fazer pedi desculpas e encontrar a Paz. Não sou surdo, E amo o que criei, Só que vejo você tudo destruir, Construir arranha-céus E encontrar-me num lugar fechado, não! Estou ao teu lado, Nos rios, mares, nos ares, na relva, Na selva, na vida que o homem moderno mata. Então, feche os olhos e escuta teu coração, Essa é a minha comunhão.
Tereza Cristina G Castro. Poesia manuscrita em 2/1/2018. Hoje dia 12/1/18, transcrita para com exclusividade para Escritas.org Paz e bem.