Celso Ciampi

Celso Ciampi

Mineiro de Juiz de Fora. Poeta, autor do livro "Minhas Faces", escrevo sobre o amor, a vida e de tudo um pouco. Membro convidado da Academia de Letras da Manchester Mineira. Participo do projeto "POESIA NA ESCOLA", fui selecionado para compor a antologia "POESIA BR!", em um concurso nacional.

1971-12-16 Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil
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Alguns Poemas

MINHA VIDA POR MIM

Eu nasci pelado e banguela,
Nada sabia, só chorava,
Tive amor e carinho,
E todo amor que precisava.

Depois fui crescendo,
Aprendendo coisas novas,
A inocência acabei perdendo,
Mas não perdi a educação.

E chegou a adolescência,
Os amores foram pintando,
Em meio a tanta mudança,
Eu fui me enrolando.

Frustrado com a vida,
Com os amores não vividos,
Acabei procurando sexo,
Paguei para ser recebido.

Eu vivia dessas ilusões
Que nós mesmos inventamos,
Machuquei alguns corações,
Enquanto ia me machucando.

Então me tornei adulto,
Vieram as responsabilidades,
Cumpri com todas elas,
Me formei e vi que não era nada.

Procurei outros caminhos,
Por onde até fui bem sucedido,
Mas eu não era feliz,
Tinha algo aqui escondido.

Até que um dia eu achei,
Esse esconderijo,
Lá dentro estava um "eu"
Que não era conhecido.

Travei com ele altos papos,
No início quis que ele fosse embora,
Mas depois gostei dele,
Chamei-o para vir aqui fora.

Nesse momento tudo mudou,
Meu mundo se coloriu,
Encontrei quem realmente sou,
E a vida me sorriu.

Larguei tudo o que eu não era,
Voltei às minhas origens,
Choquei o meu entorno,
Deixei de ser o que de mim esperavam.

Passei a ser o que eu queria,
Mas havia deixado escondido.
Minha vida virou do avesso,
Mas eu estava decidido.

Amassei a lama mais fedida,
Caminhei por lugares escuros,
Fui abandonado sem amigos,
Mas fiquei bem sozinho.

E caminhei com determinação,
Eu tinha um destino,
Mirei nele, só nele,
Pensaram ser um desatino.

Progredi a caminhada,
Às vezes rápido, outras lento,
Mas ia sempre para a frente,
Me guiando, nunca ao sabor do vento.

Enfrentei tempestades,
E muito frio,
Eu não tinha um abrigo,
Dormi ao relento.

Mas cheguei ao meu destino,
Ainda bem inteiro,
Não me dão nenhum crédito,
Ainda sou um "aventureiro"...

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