Voar na asa do tempo
Quando o tempo não passa
Não traz nada novo na asa
Poder voltar a voar e vogar
Nesse nosso ser à vontade
nesse amplo mar sem idade
essa balançar de suavidade
Que leva mais além
nos traz a bem
veredas novas, inexploradas
Ilhas a beira mar varadas…
A espera da primeira pisada
Nessa areia nossa, molhada
A que nos sabe e nos ama…
Salgada melancolia sagrada
Quando ai poisamos o ser…
E repousamos
Nesses belos recantos de anos
Sem saber esquecer
E voltamos
Assim por bem querer
Ora dar e partilhar
Ora reconhecer nosso lugar
Abrir frestas entre janelas fechadas
entrar por portas que estavam deixadas…
Por acaso, no coração ao lado, esperando
Uma nova primavera, uma outra janela
Para se abrir de par em par, sorriso amigo
Abraço sempre prometido
Pontes de vida e verdade
Nesse algo entre o inspirado e a sobriedade
Essa força que ainda chamamos humanidade