scarlate

Como era quando a gente não sabia quem era? 
A ignorancia é uma benção
Ignorantes abençoados
Felizes
Condenados 
A uma felicidade fácil
Simples
Sem palavras difíceis
Felicidade não se entende
Quem entende, não entende 
Porque quem não entende, sente

Omitir não é mentir
É a parte boa da mentira
Aquela que não machuca
Dribla todo o ruim
Transformando no bom
Acertando nas risadas
Sorrisos tímidos inesperados
Tocados pela bondade e boas intenções
Quando aprendemos a omitir
E não a mentir?

Eu não sabia quem eu era
Mesmo antes de parar pra pensar nisso
Eu sempre fui alguém que não entende o porquê 
O porquê de mim
Dos sorrisos, omissões, confissões
O porquê das complicações
De entenderem sentimentos de pessoas que nem se entendem
Tudo vasto e confuso para alguns
E simples e eficaz para outros
Outros ignorantes 
Felizes de não entenderem o porque das coisas assim

O contrário da morte era você
Pois te desejei desde o primeiro segundo que te vi
Porque era você
Então, eu te perdi
E entendi tudo aquilo que falavam de amor

Um passarinho, dois passarinhos, três passarinhos.
Não! Eram carneirinhos.
Um carneirinho, dois carneirinhos, três carneirinhos.
Sonhei com esses malditos carneirinhos.

Eu sinto sua falta
Eu sinto sua falta mais do que sinto qualquer presença
É duro não ter você aqui comigo mais

A música na minha janela me fez lembrar você
E nunca vi lágrimas escorrerem tão rápido
Eu só desejei que você estivesse bem
Que estivesse feliz
Mas por que agora me sinto tão egoísta?
Só queria que você sofresse um pouco
Sofresse de não estar comigo
Queria que minha imagem viesse a sua mente
Se lembrasse de mim e dos nossos momentos
E seu peito doesse
Doesse por não me ter mais

Pertencer a um lugar é raro ou comum ?
Não pertenço a lugar nenhum
Essa vida não é a minha
Vivo da fantasia
Elas são meu lar

Não pertenço ao meu corpo
No espelho sou outra pessoa
Me ver me causa estranheza
Essa não sou eu
Em que espelho me perdi?

Talvez eu só pertença aos meus sonhos
A única coisa que posso chamar de meu
Quando eu sonho eu posso ser qualquer pessoa
E acabo sendo mais eu do que qualquer um

Armazenamento cheio
Cheio de memórias
Mémorias duras
Que duram
Que não podem ser apagadas
Dolorosas
Logo vem um sorriso
Em seguida, desvanece
Porque é memória do que não se pode ter mais

Quando olho para frente, tudo que eu vejo são lembranças.