AurelioAquino

AurelioAquino

Deixo-me estar nos verbos que consinto, os que me inventam, os que sempre sinto.

1952-01-29 Parahyba
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modernidade

como moderno

o aparelho móvel

é o tamanho exato

do homem e seu interno

o verbo que transmite

é claro e desconexo

nada do que ele é

está interno

antes se transmite

alheio a seu ego

nos programas em que a telefônica
lhe externa
 
avançado

o homem vira acessório
do nada

cada celular

é um trânsito infecundo
das palavras perdidas
pelo mundo
 
cai-lhe a vida

em programas

que tecem um sonho

e estabelecem o drama:

o homem é sempre menor
que aquele que o chama

a iniciativa da chamada

é o aval da dominância
 
apenso ao aparelho

o homem alinha

passos que nem são seus
pelos caminhos

falta-lhe pensar uma razão
por que caminha

guardada a desproporção
da inumana companhia
 
de resto

pela cidade

o homem acompanha a solidão
em direção a nada  
 
 
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