I-LXXXVII Jaezes de vida e morte
Dentre incontáveis dias, vivo mais um sob melancolia.
Lembrando dos privilégios que me envergonho,
meu peito rasga por medo de um sonho.
Vivo com o que tenho, sofrendo como se o perdi,
e cogito perdê-lo agora mesmo,
e finjo uma raiva que não tenho por ti.
Que inferno vivo no céu, queimo sob o que me abriga,
me desolo por mania.
Os fantasmas que me pertencem
são só fatídicas vítimas impotentes,
perdidas em caminhos rentes,
que por mim perderam a mente.
Assim vivo acompanhado por quem
me perturba por bom grado:
Na alegria me convence da tristeza,
até que na amargura me convence da loucura,
e assim por diante, até que o assuma.
Como eu poderia deixar de chorar por ti,
se desde sempre es tu que me viu dormir?
Lembrando dos privilégios que me envergonho,
meu peito rasga por medo de um sonho.
Vivo com o que tenho, sofrendo como se o perdi,
e cogito perdê-lo agora mesmo,
e finjo uma raiva que não tenho por ti.
Que inferno vivo no céu, queimo sob o que me abriga,
me desolo por mania.
Os fantasmas que me pertencem
são só fatídicas vítimas impotentes,
perdidas em caminhos rentes,
que por mim perderam a mente.
Assim vivo acompanhado por quem
me perturba por bom grado:
Na alegria me convence da tristeza,
até que na amargura me convence da loucura,
e assim por diante, até que o assuma.
Como eu poderia deixar de chorar por ti,
se desde sempre es tu que me viu dormir?
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