PAIXÃO
Nesta fúria de paixão
tresloucada
Embalada na solidão de
amores imperfeitos
Ganhei a volúpia do
nada.
Carrego em passos
apressados, esses momentos de paixão
Nada vê, nada importa,
não distingue cores nem defeitos
Neste amor de amante,
de fúria, e de desejo
Em pressão recôndita,
sem ternura, sem condição
Apenas, um sorriso
fugaz num improviso de um beijo
E, as rápidas carícias,
nos instantes volúveis da sedução.
Nada fica, nada resta,
apenas o eco profundo da censura
Num silêncio lascivo,
que crepita no volteio das imagens
Na mente, uma luz
bruxuleante, ilumina a zona mais escura
Em danças de espíritos
que gemem nas noites selvagens
Ao ritmo desta paixão
indefinida, fogosa e imatura
Gerada no pensamento
que vagueia em mil viagens.
Ganhei a volúpia do
nada e nela embalo o berço
Desta paixão
tresloucada filha de amores imperfeitos
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