

MARIA DE FATIMA FERREIRA RODRIGUES
Sou um ser humano em constante construção. Me sinto parte da natureza e a ela vinculada no sentido material e imaterial. Gosto de lidar com as palavras construindo e desconstruindo castelos. Portanto, escrevo como um exercício de compreensão de mim e do mundo.
Nos ares da vida
Gosto de tocar os meus pés no arco de si e da vida
Ali volto aos ares da natureza...háblto deixado de lado pela força do tempo!
No tocar da pele
sinto o leite materno acariciando o meu rosto.
A memória levanta vôo nesse toque,
que é pura imaginação
Dou-me conta dos apocalipses anunciados e estremeço: guerras, medo, terror
Retroceder em minha humanidade é uma blasfêmia que me nego a assumir.
Volto ao arco dos pés e da vida.
Me vejo liberta, e nessa viagem de afetos, sou corpo, matéria e alma viva.
Renuncio à pressa: sou plasma numa órbita infinda.
Meu lugar é indizível, meu desejo é o meu tesouro, ser é incognoscivel, é próprio!
Expedicionários, João Pessoa, Paraíba, Brasil, em 35 de fevereiro de 2025.
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