Sentença e angústia
Minha alma já foi condenada a aceitar sua sentença
Provei do gosto da liberdade e do doce da vida
Caso que se assemelha à conversa de botas batidas
Outrora não tinha nada comente excessos de ausência
Com a vitrine encerrada curioso quis abrir pra visita
Sem esperar mais nada recebo em meu mausoléu
Visão bagunçada que aos pouco se tornou querida
Refugiado no inferno visitei algumas vezes o céu
Gosto amargo na boca pontualmente na partida
Chove no portão de acesso do mais íntimo da alma
Em desespero um "All Win" que antecipa a despedida
Mas no fundo uma mansa voz me diz pra ter calma
Esperança que tudo seja somente uma garoa
Acostumado com a bonança, cansei de tempestade
Tentando recorrer a sentença para que mais tarde
Olhar em teus olhos e desfrutar de uma vida boa.