Samuel da Mata

Samuel da Mata

Nasci e cresci pobre, mas não tenho vergonha disso. Sofri na pele as injustiças da pobreza, mas mesmo assim vivi feliz pois não conhecia a sua verdadeira fonte. Saudei heróis forjados na podridão, mas vestidos no linho fino do engodo e da publicidade paga.

1965-10-17 Aracaju
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MEDIDA DO AMOR 


Falar de amor é difícil, mas amar é muito mais difícil ainda. O maior sermão de Cristo ficou estampado na cruz, expresso em sangue e sofrimento. Palavras lindas nos cativam, mas as atitudes sinceras nos prendem eternamente. O verdadeiro amor se manifesta quase sempre em gestos anônimos, em lágrimas discretas e nunca em grandes discursos. Um abraço apertado e o soluço nos ombros expressam o que um livro inteiro não poderia conter.

Quase sempre o amor é medido em saudade, mas esta é uma medida cruel de sentimentos. Deveríamos preferir medir o amor em número de visitas, em chamadas no Watzap, em quantidade de conversas fiadas, em quinquilharias de camelôs e em outras manifestações simples de carinho que nada têm a ver como o valor do brinde nem com a importância do assunto apresentado, mas simplesmente para dizer o quanto esta pessoa representa para nós. Dizer que sem a presença dela a vida já não será a mesma e um vazio intenso de saudades será marca de sua ausência, a qual não queremos nunca estar preparados para padecer.

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