Silencio nu
A solidão era terna
O silêncio era total
Detive-me como uma pedra
E compreendi muito o Tao
Então olhei para a relva
Pude sentir que algo a via
Pois era eu, quem mirava
Com olhos que já não serviam
Soube dos tais mistérios
Minérios Rolados...Clorofilados
E eu... Envolta em silencio
Sugava...
Mamando pela raiz
Sustentada pelas pedras
Pela seiva sou eu relva
Esculpida em átomos
Que orbitam e circulam
Girando prá dentro
Saindo de mim
A solidão é apenas
Um tema muito obscuro
Mal dito...
É grande... Vazio
E aspira todos os "meus"
Que exalo sem medir palavras
Dizer implica autoria
E o silencio é quebrado
Revelando ao mundo
Quem regurgita, onde habita
Nu... Num mundo fora de mim
Só... A palavra recria
Abismos...
Escuridão e medos
E a face ruborizada
Revela toda vergonha
Diante de DEUS que É tudo
Andas nu...
És como ELE... transparente
As folhas e as pinturas
Camuflam
Penas...
São aparentes
Camuflas...
O anjo que cria e habita em ti
E só te revelas um poeta...
Um santo...
Na hora que vais dormir
Amém
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