Eu sou o verbo ter

Eu sou o verbo ter dos infelizes
que procuram no meu seio a ilusão,
buscam e rebuscam os meus tempos
a escolher a companhia da razão.

Eu sou o verbo ter dos que perderam
na roleta do amor a vida inteira
e renovam em mim toda a saudade
revisitando a dor dessa maneira.

Eu sou o verbo ter da solidão
e da força que nos dá a esse tormento
nos momentos de desanimo em que sopra,
o vento da obsessão, sem um lamento.

Sou o verbo ter dos que não têm….
nada a que possam chamar seu
e numa luta intensa se consomem,
no fogo em que também o verbo ardeu.

Manuel Santos   7-4-2012
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Enide Santos
Belo poema, parabéns amigo.
06/agosto/2013
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