POIS NÃO TENHO NEM ARRANJO PRA ASSOVIO

Meus versos feito caramujo-flor
Se escorregaram nas fímbrias da Saudade
E viraram poemas
Para quem puder me ler nas entrelinhas do sobreviver
E a Lua modorrenta espreguiça na amplidão
Enquanto os galhos do Flamboyant tentam filtrar a luz
Que insolente se instala na calçada
cheia de musgo verde alcatifa aveludada
que disfarça a sujeira
E o formigueiro assanhado
Segue a trilha maravilha da natureza.
O sabiá da laranjeira
Agora se delicia no pé de Acerola
Pois a boa chuva ainda não rola.
O jeito é cantar.
Pois não tenho nem arranjo prá assovio.
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